sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

32 anos sem meu irmão, João Batista

 PISTOLAGEM NA AMAZÔNIA

Depois de sofrer três atentados, o jovem deputado João Batista foi assassinado com um tiro na cabeça por lutar contra o grande latifúndio no Pará.

https://diogenesbrandao.blogspot.com/Por Pedro César Batista /quinta-feira, dezembro 03, 2020



Aos 36 anos, em 6 de dezembro de 1988, quando exercia o mandato de deputado estadual no Pará, meu irmão, João Carlos Batista, foi assassinado, quando chegava em sua casa, acompanhado da família. Um tiro certeiro estourou sua têmpora. Não teve tempo para esboçar nenhuma reação.

Antes, já havia sofrido três tentativas de assassinato. Na primeira, nosso pai, Nestor, recebeu uma carga de cartucheira 20 na cabeça. Sofreu sequelas até o fim de sua vida. Na outra, Batista, ficou três dias entre a vida e a morte na UTI, com seus companheiros também tendo sido feridos, depois que um caminhão “colidiu” com o fusca em que viajavam. Na terceira, durante o ato de Primeiro de Maio, em 1987, em Paragominas, os pistoleiros entraram na manifestação, acertaram três colonos, mas um dos criminosos foi linchado pelo povo. Na quarta vez conseguiram seu intento, calaram a voz de meu irmão.
Em seu curto período de vida, João Batista, filho de camponeses pobres, sempre se manteve fiel à sua origem, ao seu compromisso em combater o latifúndio, a burguesia e a violência das classes dominantes contra os pobres e explorados. Como estudante, líder estudantil, advogado e deputado nunca, em nenhum momento, abandonou o lado que sempre pertenceu, com convicção, firmeza e determinação revolucionária.
Neste 6 de dezembro de 2020, quando estarei na Venezuela, como observador eleitoral, acompanhando a construção e fortalecimento da Revolução Bolivariana, relembro a trajetória deste grande combatente do povo brasileiro, assassinado, por seu trabalho e dedicação na construção da Revolução Brasileira.
João Batista, assim como Simon Bolívar, Hugo Chávez, Fidel Castro, Che Guevara, Carlos Marighella, Olga Benário, tantas e tantos que mostraram que na luta o único limite é a vitória, o combate férreo e duro em busca da verdadeira emancipação humana, a sociedade socialista.

Batista, presente!!

Venceremos!!!

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