segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A necessidade da “pura mídia” ou mídia livre.

O controle da mídia no Brasil, não resta à menor dúvida, esta (va) concentrada nas mãos de meia dúzia de famílias, as quais, merce de seus intere$e$ econômico$ faz (ia) o que quer (ia). Dentro da máxima de “liberdade de imprensa”, fabricam escândalos; promovem bandidos; falseiam com a verdade; dissimulam; mentem e com todo cinísmo perculiar, tentam reverter tendência eleitoral em cima da própria mediocridade. Como diz um adágio popular “não querem largar o osso”. 
 
Foi-se o tempo em que a poderosa REDE GLOBO DE TELEVISÃO, REVISTA VEJA e a turma do “PIG” elegiam ou derrubavam presidentes, davam as ordens no Congresso e no Senado, faziam com que as leis fossem aprovadas de acordo com sua sede incansável pecuniária e ao sabor de suas vontadas inconfessáveis. 
 
O que foi que mudou? 
 
A proliferação da mídia alternativa, através das redes públicas de televisão (Tvs Comunitárias, Educativas, Legislativas, Universitárias,etc) ; blogs; redes sociais; websites, jornais regionais e até mesmo a Empresa Brasileira de Comunicação – EBC (TV Brasil), começaram a merecer o respeito do povo em geral. A mídia mercadológica, por sua incoerência e destacada afinidade para a mediocridade, acabou por ser vítima do próprio golpe. Não existem “vaquinhas de presépio”, acabaram-se as “massas de manobra” e o povo acredita mais nas articulações de quem realizou em benefício deste mesmo povo. 
 
E neste patamar encontra-se o presidente Lula que conseguiu esta proeza de transformar a vida de milhares de pessoas. A alta estima do brasileiro está em alta. Sua crença e confiança em uma política social de resultado fazem com que caminhem na direção indicada pelo presidente na continuidade de seu Programa de Aceleração – PAC, que para desespero de alguns, provou que foi a melhor coisa que já aconteceu nesta terra de Cabral. 
 
Fatores sociais contam nesta hora e a mudança de um número significativo de pessoas da linha da pobreza para a classe média, e esta por sua vez, elevando-se na condição de melhoria econômica, com o poder de compra acentuada, onde já adquire computadores, internet e meios afins, passou a falar por sí próprio sem sofrer a influência nefasta de um oligopólio que tantos prejuízos trouxeram a nação brasileira. E paralelo a isto, a MÍDIA LIVRE caminha com celeridade, de cabeça erguida, com a cumplicidade de quem sempre sonhou que houvesse a verdadeira democratização da comunicação neste país. 
 
O que o PIG mais teme, é perder o bolo midiático, este latifúndio governamental que por tantos anos foi o principal filão de cada veículo de comunicação destas abastadas famílias mercadológicas. A possibilidade de Dilma Rousseff modificar a regra do jogo, estendendo para as mídias do campo público uma fatia maior do bolo publicitário, faz com que os donos de veículos de grande porte entrem em pânico e usem de todos os meios sórdidos para tentar barrar esta ascenção da futura presidente. 
 
Vem aí a votação do PL 29, com sensíveis modificações, dentro de um cenário mais animador, fora do controle desta mídia velhaca que estara definitivamente desmoralizada e desacreditada. A realização da Conferência Nacional da Comunicação e seus avanços, fez recrudescer nos barões da mídia o ódio pela mídia livre e seus realizadores. Sabem que os avanços apontados nesta conferência irão subtrair deles o latifúndio governamental de polpudas verbas que eram antes destinadas somente a eles mesmos. O governo futuro não mais irá subsidiar a baixaria e promover a mídia nojenta e inescrupulosa. 
 
A Eleição de 2010 é o fio condutor de um novo tempo, onde haverá a valorização dos que trabalham pela construção de um país mais sério, na produção de notícias e fatos jornalísicos reais, sem invencioníces ou alarmistas. Haveremos de ter uma mídia responsável e que fale a lingua deste povo, cujo ator principal, serão eles mesmos, dentro da regionalização de conteúdos, da valorização do produtor independente e no resgate de uma cultura rica que se encontrava escondida. 
 
Podemos antever um Brasil apartadado de seus tutores maléficos, que durante décadas deram o tom que o povo tinha de dançar. E o povo vai poder sorrir mais livremente, impunemente e zombar do PIG e seus asseclas promovendo a assepsia que precisa ser efetuada para o bem do país. 
 
A verba publicitária do governo federal e suas autarquias deverão deixar de ser o protagonista que financia a podridão moral destes veículos e servirá de combustível para alavancar a mídia livre, sensata e descompromissada com os interesses venais próprios da mídia mercadológica. 
 
E sabe por que esta convicção? Porque na mídia livre há pessoas sensíveis que foram transformadas em Pontos e Pontões de Cultura, Tuxuauas, Griós revelados; mestres e luthiers de destaque em sua área de atuação. Porque o programa CULTURA VIVA, do Ministério da Cultura, o “Do in Cultural” sonhado pelo ex Ministro Gilberto Gil, brilhantemente dirigido pelo Juca Ferreira e idealizado pelo ex Secretário da Cidadania Cultural, Celio Turino, trouxe revelações espetaculares. O Brasil foi desescondido, revelado e passado a limpo. Através da Cultura, esta assepsia que tanto precisava foi feita em uma revolução muda e silenciosa, cujos resultados poderão ser conferidos a partir de 03 de outubro de 2010.  
 
Mário Jéfferson Leite Mello é jornalista, radialista, consultor organizacional para o terceiro setor, diretor presidente da FRENAVATEC – Frente Nacional pela Valorização das TVs do Campo Público e diretor presidente da TV CIDADE DE TAUBATÉ, emissora comunitária. Também é gestor do Ponto de Cultura “Fábrica de Documentários”; Ponto Mídia Livre “Resgate Folclórico”, Pontão de Cultura “Rede Central de Mídia – produçao e distribuição cultural” e Lan House Social
 

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