domingo, 24 de janeiro de 2021

Mineração causa morte de trabalhadores e miséria na Amazônia

 

Até hoje existem divergências sobre as causas do desabamento. A Anglo diz que o desabamento ocorreu por causas naturais, conforme o relatório apresentado em coletiva de imprensa meses depois em Santana. Questionada pela Agência Pública se sustenta o que disse sete anos atrás, a mineradora ratifica o posicionamento.
Mas o Ministério Público do Amapá e o Ministério Público Federal (MPF) afirmam ao contrário. Segundo uma denúncia recebida em 2020 na Justiça Estadual do Amapá, ao comprar a mina de ferro da MMX, a Anglo teria informações suficientes dando conta que o porto poderia desabar a qualquer momento e além de não ter tomado providências, a empresa teria acelerado ainda mais a exportação através do porto — o recorde ocorreu no ano anterior ao do acidente. 
Uma ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal contra a mineradora no ano de 2017 gerou um acordo de pagamento de R$ 47 milhões aos municípios afetados (Santana e Pedra Branca do Amapari) pela Anglo, em 2019 e homologado pela justiça em 2020.

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