Agronegócio selvagem
Tiago Rodrigues e Caio Matos | 07.02.2023 07:32 0 | Notícia Em
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Localizada no município de Belterra, no interior do Pará, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Professora Vitalina Motta disputa o espaço com uma plantação de soja que se aproxima mais a cada ano. No dia 27 de janeiro, a situação ficou insustentável e os alunos foram mandados para casa após uma máquina agrícola pulverizar agrotóxicos no entorno da escola durante o horário das aulas. A gravação foi compartilhada nas redes sociais e mostra os produtos químicos sendo borrifados a poucos metros da instituição de ensino.
“Eles sempre fazem a borrifação no horário das aulas. Não sei se trocaram o veneno, mas foi uma coisa muito absurda, todo mundo ficou agoniado, os professores, as crianças. Os olhos ardendo, dor de cabeça, enjoos. Ficamos todos muito incomodados com o cheiro do agrotóxico”, relata uma professora que prefere não se identificar com medo de represálias.
O exemplo da escola em Belterra é um dos que foram constatados por uma delegação formada por parlamentares e organizações da sociedade civil da América do Sul e da Europa, que visitou a região como base para discussões em torno da assinatura do Acordo de Associação Mercosul-União Europeia. Pela mesma razão – o uso sem controle de agrotóxicos nas plantações -, uma outra escola vizinha foi abandonada.
Veja o Vídeo:
Escola no Pará sofre com a aplicação de agrotóxicos em plantação de soja
Exclusivo: escola no Pará sofre com a aplicação de agrotóxicos em plantação de soja
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