ATENTADO CONTRA ACAMPAMENTO DO MST
De acordo com o movimento, essa não é a primeira vez que homens armados rondam o acampamento e efetuam disparos contra o grupo
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou, neste domingo (17/10), um ataque a tiros contra famílias sem-terra, no Acampamento Dom Celso, em Tocantins. De acordo com o movimento, essa não é a primeira vez que esse tipo de investida é feita contra o grupo.
O MST disse que uma fazendeira da região, que se apresenta como proprietária da área, esteve no local e, na sequência, um homem em uma caminhonete efetuou vários disparos de arma de fogo contra as pessoas que se encontravam próximas.
“Esses ataques não são isolados. As famílias que vivem no local têm sofrido com constantes intimidações e ameaças de morte, por parte de jagunços que atuam no local em disputa. Apesar das constantes ameaças, as famílias resistem na luta pelo direito de viver e trabalhar no campo”, diz nota.
O Ministério Público Federal (MPF) já notificou o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Polícia Civil do município solicitando que sejam tomadas as devidas providências quanto à proteção das famílias.
Logo após o ocorrido, o fato foi registrado na Central de Flagrantes de Porto Nacional como tentativa de homicídio e o caso segue em investigação.
Apesar das medidas, o MTS diz que, desde que houve a denúncia, nenhuma medida de proteção às famílias foi efetuada até o momento, nem por parte da defesa civil, nem por parte do Incra.
“A gente tá aqui sem saber o que vai acontecer, se vai ter outro ataque hoje ou amanha. É muita insegurança. Já registramos dois boletins de ocorrência, foi comunicado ao próprio secretário de segurança pública, mas até o momento a Polícia Militar não veio ao local, não veio perícia no local até agora”, diz a acampada Zélia Baiana.
https://www.metropoles.com/brasil/mst-denuncia-ataque-a-tiros-contra-familias-sem-terra-em-tocantins
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