segunda-feira, 15 de maio de 2023

Policial civil mata quatro colegas de trabalho em delegacia no Dia das Mães


O crime aconteceu na madrugada de domingo (14), na cidade de Camocim, no Estado do Ceará. Depois da chacina, o acusado se entregou à PM

Blog do Zé Dudu | Publicado em 15/05/2023 às 10:50

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Um policial civil matou quatro colegas de trabalho, na madrugada deste domingo (14), por volta das 4h35, na Delegacia Regional de Polícia Civil de Camocim, cidade do litoral norte do Ceará, a cerca de 350 quilômetros de Fortaleza. A Polícia Civil lamentou o caso, e identificou as vítimas como os escrivães Antônio Claudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira, e o inspetor Gabriel de Souza Ferreira. Os policiais assassinados estava descansando em uma ala de repouso da delegacia, quando foram atacados.

O capitão Cleumir, da Secretaria de Segurança da cidade, disse que o acusado foi identificado como Dourado, inspetor da Civil. Ele estava de folga. Depois de atirar nos colegas, Dourado fugiu em um carro da polícia, mas abandonou o veículo e se entregou no quartel da Polícia Militar da cidade.

Dourado foi levado para o município de Sobral, onde foi feito o flagrante, e segue detido na Penitenciária Industrial Regional. A audiência de custódia deve acontecer nesta segunda-feira (15), no mesmo município ou em Fortaleza, conforme a advogada dele. Dourado foi ouvido, se manteve em silêncio e levado para fazer o exame de corpo de delito.

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Velórios e sepultamentos

De acordo com o advogado Rildo Eduardo Veras Gouveia, vizinho de Francisco, uma das vítimas, os sepultamentos de Antônio José Rodrigues Miranda e Antônio Cláudio dos Santos vão ocorrer em Camocim. O velório e sepultamento de Francisco dos Santos Pereira serão em Fortaleza. O corpo sairá de Sobral direto para a capital cearense.

Já o sepultamento do inspetor Gabriel de Souza Ferreira será, provavelmente, em Teresina, no Piauí, de onde é a família do policial.

“Teremos um momento com os corpos de Claudio e Miranda na Associação Comercial de Camocim. Vamos organizar uma homenagem para ambos e depois os corpos irão para as respectivas residências. Ainda não definimos horário”, disse o advogado.

Neirilane Roque, advogada do acusado, disse ele está sob custódia e “em estado de choque”. “Pessoalmente, ele não se encontra em condições de prestar esclarecimentos, por enquanto. Está em estado de choque, isolado e custodiado pela Polícia Militar. Estamos aguardando os procedimentos seguintes”, disse.

O Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol) emitiu nota sobre o caso. “Infelizmente famílias estão devastadas e destruídas, são filhos que não terão mais seus pais, esposas que não encontrarão mais seus maridos e mães, que nesse dia tão significativo, não terão mais seus filhos para abraçar, beijar”, lamentou a entidade.

“Nos solidarizamos com todas as famílias que estão sofrendo, com todos os colegas que perderam seus companheiros de trabalho. Nos solidarizamos com todos os Policiais Civis neste momento ímpar de dor. Que Deus possa confortar seus corações”, complementou o Sinpol Ceará.

Governador lamentou o caso

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), lamentou as mortes. “Estou absolutamente consternado diante do trágico episódio ocorrido na Delegacia de Camocim, quando quatro policiais civis perderam a vida após ataque de um colega, segundo registro policial”, disse o governador.

“Manifesto a minha solidariedade às famílias, amigos e profissionais da Segurança Pública do Estado. O Governo do Ceará dará todo o apoio necessário aos familiares das vítimas”, complementou Elmano.
(Fonte: G1 Ceará)


https://www.zedudu.com.br/policial-civil-mata-quatro-colegas-de-trabalho-em-delegacia-no-dia-das-maes/


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2 comentários:

Anônimo disse...

Minha Nossa Senhora, que fato triste

Anônimo disse...

Participei de um Seminário sobre segurança pública e direitos humanos em 2014 e por ocasião de uma palestra sobre saúde mental e segurança pública, vários policiais militares e civis que estavam participando do evento, procuraram a palestrante, professora do curso de psicologia da UFPA para pedir ajuda. E uma profissão muito traumática que coloca os agentes sob pressão permanente e sem apoio emocional.