Agenda do Poder | Carole Bê | Geral·30 de março de 2023 - 23:29
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O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou a interlocutores que a Força punirá oficiais que comemorarem o aniversário do golpe militar nesta sexta-feira (31) ou participarem de eventos organizados por militares da reserva.
A orientação foi repassada a oficiais-generais. A principal preocupação está com os movimentos previstos entre reservistas no Rio de Janeiro.
Para isso, oficiais da Força ficarão atentos à movimentação no Clube Militar — grupo de integrantes da reserva que promoverá um almoço, no Rio, para celebrar o golpe de 1964.
O evento é convocado sob a alcunha “Movimento Democrático de 1964”, com ingresso a R$ 90 e restrito a sócios e convidados. Alguns generais afirmam que não é rara a presença de oficiais da ativa em eventos do Clube Militar, especialmente pelo fato de reservistas terem familiares na ativa.
A iniciativa de Tomás não decorre de orientação direta do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, mas foi tomada após decisão da pasta de manter-se em silêncio diante do aniversário do golpe de 1964.
Somente o plano de ignorar a data foi acertado entre Múcio e os comandantes Tomás Paiva (Exército), Marcos Olsen (Marinha) e Marcelo Damasceno (Aeronáutica), em conversas informais.
A pasta confirmou que não emitirá notas sobre o dia. “O ministério não divulgará nenhum comunicado ou ordem do dia sobre a data”, disse a assessoria.
Integrantes da cúpula do Ministério da Defesa afirmam, sob reserva, que a decisão de ignorar a data foi a forma encontrada de evitar crises na data, tanto com os militares quanto com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com informações da Folha de São Paulo.
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Um comentário:
GOLPE contra o Brasil.
Em 1º de abril de 1964 os militares corruptos, como o General Kruel, patrocinaram um golpe de estado que atrasou o país em, no mínimo, 400%, tornando o país vassalo dos americanos.
Os inimigos do Estado, segundo os militares, não eram os bandidos ou criminosos (a grande parte dentro das próprias Forças Armadas), mas sim os intelectuais, os professores, os jornalistas, os estudantes, os políticos que divergiam, os advogados que lutavam pelos direitos, os empregados que buscavam direitos dos trabalhadores.
Ou seja, os militares foram inimigos do Brasil real, defenderam uma elite brasileira que sempre foi escravocrata e vassala de interesses de outros países, especialmente do interesse americano.
Hoje e amanhã, 1º de abril, são dias de vergonha alheia do Brasil pelas ações e o que representa e representaram as suas Forças Armadas. E as Forças Armadas ainda não se redimiram dessa desonra ao país e, aparentemente, pelo apoio ao regime entreguista, corrupto e golpista de Bolsonaro, nada aprenderam com a história.
Melhor não ter Forças Armadas do que ter esse tipo de Forças Armadas. Por mim, que sejam extintas.
E que se mantivermos Forças Armadas, que se expurgue essa vergonha do passado e aprendam a lição para o futuro.
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