Professores da rede municipal de ensino de Ourilândia do Norte, no
sul do Pará, entraram em greve por tempo indeterminado nesta
segunda-feira, 20, para cobrar o reajuste de 14,95% referente ao novo
piso salarial anunciado pelo Ministério da Educação no início do ano.
Nesta terça (21), os educadores retornaram às salas de aula para
comunicar à comunidade escolar sobre a paralisação e os motivos.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do
Estado do Pará (Sintepp), filiado à CTB, a justificativa do prefeito
Júlio César Dairel foi de “total desrespeito” com a categoria e uma
“afronta aos profissionais do magistério”.
“Foram várias ligações tanto para o prefeito quanto para o
secretário de Educação. Várias reuniões e vários documentos
protocolados na tentativa de garantir a aplicação de uma lei federal.
Porém tudo em vão. Por duas vezes o prefeito pediu prazo para fazer
cálculos e análises e disse que, após os estudos de Folha de Pagamento,
feito de forma unilateral, nos apresentaria uma proposta. Pois bem, no
dia 20 expirou o prazo solicitado e, como de praxe, em um documento
infundado e descabido protocolado por um dos seus assessores jurídicos,
fomos surpreendidos por não haver nenhuma proposta”, relatou o Sintepp, em nota.
Com o impasse, a entidade disse lamentar “profundamente”, o que
classificou como “falta de compromisso e respeito” da prefeitura local
com os profissionais efetivos do magistério.
“O prefeito e o próprio secretário de Educação, que
também é professor, conseguiram acabar com os direitos dos profissionais
do magistério conquistados ao longo de vários anos com bastante
lágrima, luta e suor. O não cumprimento da Lei Federal n° 17/2023, não
só implicará na remuneração de nossos professores, como acarretará
prejuízos na carreira da categoria para o resto de sua vida
profissional”, concluiu o Sintepp.
Nenhum comentário:
Postar um comentário