Por Gustavo Conde
Os tempos ainda são árduos, mas para quem tem senso de humor, o cenário de vingança poética involuntária viceja no horizonte
A história é mesmo ingrata. Depois de todo o trabalho das elites em criminalizar, desumanizar e barbarizar Lula, o ex-presidente reaparece com força política descomunal que atordoa a tudo e a todos.
De brocha na mão, o nosso “jornalismo profissional”, desidratado intelectual e cognitivamente, segue fingindo que nada tem a ver com o esfarelamento institucional do país. Os institutos de pesquisa lhes esfolam o torso, estampando uma vantagem eleitoral jamais vista para a esquerda brasileira – seguida da miséria proposicional da “terceira via”, a embalagem vagabunda de seus candidatos de estimação e aluguel.
Sergio Moro é um farrapo humano. Um zumbi perambulando sem rumo pelo cemitério hostil dos editoriais conservadores e pela aridez dos perfis abandonados no Twitter. Uma espécie de piada-pronta ambulante incapaz de comentar todo e qualquer assunto levemente conectado aos problemas reais do Brasil. Um fenômeno, um relato de caso, um objeto exótico.
Ciro Gomes, um poço de ressentimento associado a um gigantesco complexo de inferioridade travestido de violência retórica, agoniza em sua ópera negacionista particular. Mais inviável que Ciro, só João Doria, aquele que cativou para si a repulsa generalizada e permanente do eleitor e dos colegas ‘velha-guarda’ de partido – sob o signo da deslealdade canina.
Fonte: Blog do Gustavo Conde
https://revistaconsciencia.com/enquanto-bolsonaro-sai-de-cena-pela-porta-dos-fundos-lula-desponta-como-estadista-do-seculo-21/
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