Caso aconteceu em outubro de 2020. À época, os policiais alegaram que receberam uma denúncia anônima de que os homens estariam planejando assaltos. Foram apreendidos três revólveres e uma pistola
Os
policiais militares da Força Tática que foram presos na 'Operação Simulacrum', nessa quinta-feira (31), são suspeitos de participar de uma
ação que resultou na morte de uma quadrilha em Várzea Grande, região
metropolitana de Cuiabá, em 30 de outubro de 2020.
Com
o início das investigações do suposto confronto foi notada a semelhança
com outros casos e a ausência de tiros do lado oposto, além de um
grande número de disparos da polícia.
A ação resultou na execução
de Kaio Henrique Miranda de Araújo, Franklin Thomé Arruda Ferreira
Mendes, Lucas Conceição Silva e Deyverson Ferreira de Oliveira Mota.
Os policiais alegaram que atiraram porque os homens não respeitaram a ordem de parada.
No
entanto, a versão foi contestada pelo informante que colaborou com a
Justiça. Segundo ele, a ação foi mais uma previamente acertada entre ele
e os militares, cuja intenção era matar as vítimas que foram atraídos
para a situação fictícia de roubo com a ajuda do informante.
Na
representação da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), são
apontados crimes de homicídio qualificado, possivelmente praticado por
grupo de extermínio e organização criminosa.
Segundo o juiz, os fatos apresentados justificam a prisão provisória dos policiais.
Morte da quadrilha
Os
homens eram suspeitos de planejar roubos em Várzea Grande. A Força
Tática recebeu uma denúncia de que a quadrilha, em um carro de passeio,
estava indo para a região de Bom Sucesso, para cometer roubos.
De
acordo com a polícia, foi feito um bloqueio na região e, no momento da
abordagem, ocorreu o confronto. Todos os suspeitos estavam armados.
Foram apreendidas quatro armas de fogo, sendo três revólveres e uma pistola.
Mais de 60 policiais militares são alvos de operação suspeitos de matar 24 pessoas e alegarem confrontos em MT.
Policial alvo de operação recebeu homenagem da Assembleia de MT pelo 'ótimo trabalho prestado.
Capitão foi exonerado do governo de MT.
Mais de 60 policiais militares são alvos de operação suspeitos de matar 24 pessoas e alegarem confrontos em MT
Defesa
Em
nota, a Polícia Militar informou que não concorda com eventuais desvios
de conduta dos policiais alvos da operação, mas alega que eles "possuem
boa reputação institucional e relevantes serviços prestados à sociedade
mato-grossense".
A Associação dos Sargentos, Subtenentes e
Oficiais Administrativo e Especialista da Polícia Militar e Bombeiros
Militar Ativos e Inativos (Assoade) que defende os policiais afirmou que
ainda não teve acesso aos autos. Destacou que os militares estavam em
serviço e considera que as prisões foram prematuras.
Policiais investigados
O
grupo de mais de 60 policiais militares investigado por 24 mortes em
simulações de confrontos contava com a ajuda de uma pessoa que recebia
vantagens financeiras para atrair suspeitos para a execução, segundo a
investigação do Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil. Ao
todo, 63 policiais foram presos na Operação Simulacrum, deflagrada nessa
quinta-feira (31).
Os supostos confrontos entre a PM e criminosos ocorreram durante três anos.
Na
decisão que mandou prender os policiais, consta trecho do depoimento da
testemunha que diz que as vítimas eram pessoas com diversas passagens
ou sem passagem pela polícia e que eram atraídas para emboscada.
Fonte: G1/MT
https://jornaldematogrosso.com.br/noticia/75334/pms-presos-em-operacao-sao-suspeitos-de-armar-emboscada-matar-quatro-pessoas-e-simular-confronto-em.html
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