VER-O-FATO | por Redação | 22/04/2022
Pacientes que convivem com o HIV ganham uma nova opção de acesso ao tratamento na rede pública. O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a disponibilizar o Dolutegravir (versão 50 mg com comprimidos revestidos) com produção 100% brasileira, o que deve gerar uma economia anual em torno de R$ 80 milhões aos cofres do governo. O medicamento já tem aprovação da Anvisa.
O fornecimento do antiviral é resultante de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre a Blanver Farmoquímica e Farmacêutica e o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe), vinculado ao governo estadual e que mantém convênio com o Ministério da Saúde. O acordo prevê 79,5 milhões de comprimidos em escala nacional até o fim do ano.
“Mais do que preencher uma demanda premente de saúde, vamos reduzir a vulnerabilidade do SUS com a produção verticalizada e fomentar as estratégias de combate ao vírus”, destaca o CEO da Blanver, Sérgio Frangioni.
A PDP ainda contempla a transferência de tecnologia e produção, em um cronograma que se estenderá por cinco anos. Na primeira etapa, a Blanver entregará o medicamento acabado ao Lafepe. Por fim, em 2026 o laboratório pernambucano terá o domínio sobre todo o processo produtivo do medicamento. Já as empresas CYG Biotech, que faz parte da Blanver; e Nortec Química nacionalizam o IFA.
Do coquetel de 22 remédios usados contra a Aids no Brasil, cinco são adquiridos do Lafepe – responsável, ainda nos anos 1980, pelo acesso dos brasileiros ao primeiro antirretroviral que integrava o coquetel anti-HIV. “E esse medicamento de primeira linha representa um importante avanço na luta contra o vírus, na medida em que agrega tecnologia para o laboratório e nos permite atender com ainda mais eficácia os protocolos do Ministério da Saúde”, comenta o diretor comercial do Lafepe, Djalma Dantas.
Fundado em 1965, o Lafepe é o fabricante oficial do benznidazol, voltado ao tratamento do Mal de Chagas, além de ser o único fornecedor do hipoclorito de sódio 2,5% – para combate à cólera – e dos antipsicóticos clozapina, quetiapina e olanzapina
Características do medicamento
O dolutegravir é indicado para o tratamento do HIV em combinação com outros agentes antirretrovirais. Poderá ser consumido por adultos e também crianças com pelo menos seis anos de idade e peso superior a 20 kg. Pertencente ao grupo dos inibidores de integrasse, o medicamento não atua na cura da infecção, mas reduz a carga viral no organismo e a mantém em um nível baixo.
Além disso, o remédio promove o aumento na contagem das células CD4, tipo de glóbulo branco do sangue que exerce importante papel na manutenção do sistema imune. Para evitar o agravamento da doença, o paciente deve seguir com a ingestão dos demais medicamentos prescritos, a menos que o médico recomende a interrupção do tratamento.
No Brasil, 694 mil pacientes estão em tratamento contra o HIV. De acordo com o Ministério da Saúde, esse número corresponde a uma cobertura de 81% das pessoas diagnosticadas com o vírus no país
O fornecimento do antiviral é resultante de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) entre a Blanver Farmoquímica e Farmacêutica e o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe), vinculado ao governo estadual e que mantém convênio com o Ministério da Saúde. O acordo prevê 79,5 milhões de comprimidos em escala nacional até o fim do ano.
“Mais do que preencher uma demanda premente de saúde, vamos reduzir a vulnerabilidade do SUS com a produção verticalizada e fomentar as estratégias de combate ao vírus”, destaca o CEO da Blanver, Sérgio Frangioni.
A PDP ainda contempla a transferência de tecnologia e produção, em um cronograma que se estenderá por cinco anos. Na primeira etapa, a Blanver entregará o medicamento acabado ao Lafepe. Por fim, em 2026 o laboratório pernambucano terá o domínio sobre todo o processo produtivo do medicamento. Já as empresas CYG Biotech, que faz parte da Blanver; e Nortec Química nacionalizam o IFA.
Do coquetel de 22 remédios usados contra a Aids no Brasil, cinco são adquiridos do Lafepe – responsável, ainda nos anos 1980, pelo acesso dos brasileiros ao primeiro antirretroviral que integrava o coquetel anti-HIV. “E esse medicamento de primeira linha representa um importante avanço na luta contra o vírus, na medida em que agrega tecnologia para o laboratório e nos permite atender com ainda mais eficácia os protocolos do Ministério da Saúde”, comenta o diretor comercial do Lafepe, Djalma Dantas.
Fundado em 1965, o Lafepe é o fabricante oficial do benznidazol, voltado ao tratamento do Mal de Chagas, além de ser o único fornecedor do hipoclorito de sódio 2,5% – para combate à cólera – e dos antipsicóticos clozapina, quetiapina e olanzapina
Características do medicamento
O dolutegravir é indicado para o tratamento do HIV em combinação com outros agentes antirretrovirais. Poderá ser consumido por adultos e também crianças com pelo menos seis anos de idade e peso superior a 20 kg. Pertencente ao grupo dos inibidores de integrasse, o medicamento não atua na cura da infecção, mas reduz a carga viral no organismo e a mantém em um nível baixo.
Além disso, o remédio promove o aumento na contagem das células CD4, tipo de glóbulo branco do sangue que exerce importante papel na manutenção do sistema imune. Para evitar o agravamento da doença, o paciente deve seguir com a ingestão dos demais medicamentos prescritos, a menos que o médico recomende a interrupção do tratamento.
No Brasil, 694 mil pacientes estão em tratamento contra o HIV. De acordo com o Ministério da Saúde, esse número corresponde a uma cobertura de 81% das pessoas diagnosticadas com o vírus no país
https://ver-o-fato.com.br/tratamento-contra-hiv-ganha-tecnologia-de-producao-100-nacional/
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