quinta-feira, 20 de junho de 2024

TRE/Amapá cassa, por unanimidade, mandato da deputada Silvia Waiãpi (PL-AP)

A deputada é acusada de ter utilizado, irregularmente, recursos do fundo eleitoral para pagar uma harmonização facial no valor de R$ 9 mil

Zé Dudu | Publicado em 20/06/2024 | às 11:11

Deputada foi cassada na terça-feira (19), por desvio de recursos do fundo eleitoral



























Está custando R$ 9 mil reais o mandato da deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), dinheiro usado irregularmente do fundo eleitoral da então candidata, para pagar uma harmonização facial em um consultório odontológico em Macapá (AP), durante a campanha eleitoral de 2022. Diante das provas, o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá decidiu, à unanimidade, na quarta-feira à noite (19), cassar o diploma da deputada. A decisão cabe recurso.

No julgamento, o TRE rejeitou a prestação de contas de Waiãpi a partir de recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral do Amapá. Segundo a acusação, a então candidata contratou uma empresa de marketing digital, cerimonial e produção de vídeos pelo valor de R$ 39.454,70, mas apenas R$ 20 mil seriam, de fato, destinados à prestação dos serviços.

O valor restante, R$ 19.454,70, teria sido utilizado para pagamento de outras despesas, entre elas um procedimento estético no valor de R$ 9 mil. A harmonização facial foi confirmada pelo odontólogo que realizou o procedimento na então candidata.

Os R$ 9 mil saíram da conta de campanha da candidata, foram transferidos para a conta pessoal da coordenadora da campanha que, por fim, repassou o valor ao odontólogo.

O outro lado

Em nota, a assessoria da parlamentar informou que ela soube pela imprensa da decisão e disse que as contas já haviam sido aprovadas pelo tribunal.

“É estranho que a deputada não tenha sido intimada, tampouco seus respectivos advogados”, diz a nota. “Agora cumpre aos advogados tomarem ciência do que de fato foi julgado e tomar as medidas cabíveis.”

A deputada ainda pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Na redes sociais, eleitores masculinos da deputada eleita escreveram: “Índia gata!”, sem saber que o procedimento fora feito com recursos fruto dos impostos deles.

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