Com inscrições abertas, projeto chega à capital paraense com o tema Visualidades Amazônicas e conta com parceria do Centro de Memória da Amazônia, da UFPA
Data: 10/06/2024 - 10:48 Para: Comunicação Popular na Amazônia - Blog
Com a primeira etapa já em realização desde o mês de abril no Rio de Janeiro, a itinerância do curso de formação Universidade das Quebradas, concebida por Heloisa Teixeira, chega agora em Belém, no Norte do país. A temporada paraense traz como tema Visualidades Amazônicas e as inscrições podem ser feitas por meio deste formulário. Reafirmando a parceria de mais de uma década à frente da realização de cursos de formação cultural, Universidade das Quebradas e Instituto Odeon se unem ao Centro de Memória da Amazônia, da UFPA, e comandam a iniciativa dedicada a jovens artistas a partir de 16 anos e que tenham interesses e trabalhos em diferentes linguagens: pintura, escultura, cerâmica, audiovisual, arte digital, arte urbana, bordado, música, novas mídias ou quadrinhos. Com articulação para sua chegada ao Pará e patrocínio do Instituto Cultural Vale, além de patrocínio da Wilson Sons - com realização via Lei Federal de Incentivo à Cultura por meio do Ministério da Cultura - o curso acontece ao longo de quatro meses e tem aula de abertura dia 15 de junho.
O projeto tem como objetivo trazer reflexão sobre a produção artística contemporânea local a partir das experiências amazônicas, além de estimular a criatividade de cada participante. São 45 vagas para jovens de regiões periféricas e o resultado das inscrições será divulgado em data a confirmar, no Instagram e no site do Instituto Odeon e da Universidade das Quebradas. Os participantes receberão uma bolsa de R$ 100,00 por mês.
“Nos preocupamos em democratizar a cultura e para isso promovemos iniciativas artísticas em diversos territórios. Trazer a itinerância do projeto a Belém é de extrema importância para o Instituto, pois ao expandirmos o curso para outros locais, marcamos mais um passo significativo no desenvolvimento educacional na cultura brasileira”, afirma Carlos Gradim, diretor presidente do Instituto Odeon. “Em breve, ainda neste ano, também estaremos presentes na cidade de São Luís”.
O curso abordará a influência da música brega nas artes contemporâneas. Entre os assuntos do cronograma, estão o “Perspectivismo amazônico na modernidade brasileira”; “Metodologia da história da arte não europeia”, “Enredos artísticos na grande Belém”, “Arte, cultura e festa na cidade: o circuito do brega em Belém do Pará – história, memória e transformações”, “Arte, música e poesia no Arraial do Pavulagem: o boi-bumbá como cultura urbana”, “Tecnobrega, beat maker, produção musical e arte da periferia”, “Imagens da Amazônia na arte brasileira: do território a conquistar ao território a resistir”, “Estética assombrada: um olhar sobre a produção artística contemporânea na Amazônia brasileira”, “Acervos, coleções e exposições de arte no Sistema Integrado de Museus do Pará”, “A arte contemporânea nos museus do Pará”, dentre outros.
“A ideia é trazer uma possibilidade para que jovens artistas da periferia de Belém mostrem seu trabalho e aprendam com especialistas sobre o campo da arte, da cultura, do sistema de museus e de exposições”, afirma Aldrin Moura De Figueiredo, coordenador do curso em Belém e um dos palestrantes. “Mas, para além disso, é um espaço de afirmação de valores, de identidades e de concepções de culturas muitas vezes desprezadas por um saber altamente colonizado”.
Outros professores participarão do projeto, como Heloisa Teixeira, Mauricio Costa, Gil Vieira Costa, Nayara Jinknss, Marisa Mokarzel, Ronaldo Silva (Arraial do Pavulagem), Pelé do Manifesto, DJ Waldo Squach, Afonso Medeiros, Dayse Ferraz, Pablo Mufarej, Michelle Queiroz, John Fletcher, Ivana Bentes e Keyna Eleison.
O Visualidades Amazônicas será ministrado aos sábados, entre 14h e 17h, até setembro. Os alunos que concluírem o curso receberão certificado de participação - emitido pela UFRJ -, desde que tenham comparecido a pelo menos 75% das aulas. Ao fim das aulas, os jovens artistas trabalharão juntos em uma exposição audiovisual.
Mais de 500 alunos já passaram pela Universidade das Quebradas, uma iniciativa criada em 2009 pela escritora e pesquisadora Heloísa Teixeira e por Numa Ciro. Em 2014, a Universidade passou a realizar o curso no Museu de Arte do Rio - durante a gestão do Instituto Odeon -, sendo o projeto, desde então, desenvolvido em parceria com a Escola do Olhar, área educativa do Museu.
“O que mais a gente apontou e focou foi no sistema de troca de conhecimento, pois quando isso acontece, você também muda de perspectiva, você troca de subjetividades. A troca não é só de informação. Nosso projeto trabalha muito na linha do afeto, do reconhecimento, da integração entre as pessoas”, afirma Heloisa Teixeira, coordenadora e idealizadora da Universidade das Quebradas.
Para mais informações, entre em contato via e-mail: producaouqbelem@institutoodeon.org.br
Machado Quebradeiro
Na capital carioca, a obra de Machado de Assis é o pano de fundo para debater questões raciais e sociais que a literatura brasileira apresenta. Com o nome Machado Quebradeiro, a edição do projeto conta com 50 alunos e teve início em 16 de abril, com aulas semanais na Academia Brasileira de Letras, comandadas por escritores como Jeferson Tenório e Geovani Martins e pesquisadores da obra de Machado de Assis como Ana Flávia Magalhães Pinto e Paulo Dutra, entre outros especialistas. A conclusão do curso está prevista para outubro.
Serviço
Visualidades Amazônicas
Quando: aos sábados, das 14h às 17h
Local: Centro de Memória da Amazônia - Tv. Rui Barbosa, 491 - Reduto, Belém - PA
Duração: Junho a setembro
Instituto Odeon
O Instituto Odeon é uma Organização Social que atua na gestão artística e cultural em diversas cidades do Brasil há mais de 25 anos, criando, desenvolvendo, implementando e administrando projetos que promovem cultura, cidadania e desenvolvimento socioeducacional. Uma instituição que acredita na arte como patrimônio vivo e acessível, na preservação da memória para estabelecer vínculos e pensamento crítico, além do impacto da cultura na economia. O Instituto Odeon trabalha com criatividade, coragem e excelência para influenciar positivamente as cidades e suas populações. Em março de 2013, foi responsável pela inauguração do Museu de Arte do Rio. Atualmente, é gestor do Museu da Diversidade Sexual de São Paulo, do Circuito Municipal de Cultura de Belo Horizonte e da itinerância da exposição Imagens que não se Conformam, e correalizador do projeto artístico do Museu de Arte do Rio.
Instituto Cultural Vale
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Por isso, patrocina e fomenta projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa. Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org
Para mais informações sobre o Instituto Odeon:
Larissa Gutierres - larissa.gutierres@atomicalab.com.br - 11 95063-7518
Claudia Rodrigues - claudia.rodrigues@atomicalab.com.br - 21 99221-2234
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