sábado, 28 de janeiro de 2023

Brasil é um dos 2 países com mais casos de hanseníase, e há milhares de não diagnosticados

Agenda do poder | Redação | Geral |·28 de janeiro de 2023 - 11:50 | Última atualização:28 de janeiro de 2023 - 11:51

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Em 2022, cerca de 216.000 casos de hanseníase, doença que antigamente era chamada de lepra, foram detectados em todo o mundo, especialmente no Brasil e na Índia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e persiste como “um problema sério” em 14 países de África, Ásia e América Latina.

Os números podem ser apenas a ponta do iceberg, segundo o médico Bertrand Cauchoix, especialista na doença da Fundação Raoul Follereau, na França,

“Sabemos o número de doentes rastreados, mas não contamos os esquecidos, os não detectados, que poderiam ser muito mais numerosos”, explica.

A hanseníase, por vezes estigmatizada, tem o triste privilégio de ser uma das 20 doenças tropicais que a OMS considera negligenciadas. 

Causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, a doença, que é transmissível, ataca a pele e os nervos periféricos, com sequelas potencialmente muito graves.

Favorecida pela promiscuidade e pelas precárias condições de vida, a hanseníase tem um período de incubação muito longo, de até 20 anos, ao qual se acrescenta um atraso no diagnóstico, durante o qual a doença pode continuar a infectar pessoas próximas. Há décadas existe um tratamento médico baseado em três antibióticos.

Mas o tratamento pode ser mais longo, até 12 meses, o que dificulta o acompanhamento em países sem um sistema de saúde adequado.

“É preciso infraestrutura com cuidadores para dispensar os remédios, isso demanda recursos”, lembra Alexandra Aubry, professora de biologia e especialista em hanseníase do Centro de Imunologia e Doenças Infecciosas (CIMI) de Paris.

(Com informações do Globo on-line)

 

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