terça-feira, 20 de agosto de 2024

Delegados da PF movem ação contra Marcos do Val e Eduardo Bolsonaro por incitação ao crime

Matéria do Diário do centro do Mundo | Publicado por Victor Nunes | - Atualizado em 20 de agosto de 2024 às 9:29

O deputado Eduardo Bolsonaro e o senador Marcos do Val – Foto: Reprodução






  

Delegados da Polícia Federal (PF) decidiram entrar com ações contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A decisão foi tomada em assembleia da Associação Nacional dos Delegados da PF (ADPF) após ambos os parlamentares terem feito declarações públicas que os delegados consideram ofensivas e que colocam em risco a integridade da corporação.

No caso de Marcos do Val, foi decidido apresentar uma denúncia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à própria PF. Eles acusam o senador de incitação ao crime, com base no artigo 286 do Código Penal, após ele publicar nas redes sociais uma foto de um delegado responsável por investigações importantes, insinuando que ele seria um criminoso. Na semana passada, o senador já havia sido alvo de busca e apreensão pela corporação e teve suas redes sociais bloqueadas novamente por ordem do STF.

Já contra Eduardo Bolsonaro, que é policial federal, a ADPF decidiu entrar com uma ação na União. A associação alega que o deputado fez declarações públicas ofensivas contra a PF e o mesmo delegado, tanto em entrevistas quanto nas redes sociais. Os delegados afirmam que a imunidade parlamentar não deve ser usada como escudo para cometer crimes contra a honra e para incitar ataques pessoais, conforme destacou a entidade em nota oficial.

Eduardo Bolsonaro – Foto: Reprodução

Além das ações judiciais, a ADPF decidiu apresentar representações no Conselho de Ética tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado, exigindo que os parlamentares sejam responsabilizados pelas suas ações. As representações têm como objetivo garantir que Do Val e Eduardo Bolsonaro respondam formalmente pelas suas declarações, que a associação considera prejudiciais ao trabalho da PF e à segurança dos seus membros.

As representações devem ser protocoladas ainda nesta semana. A ADPF ressaltou que espera uma resposta firme do Poder Judiciário e do parlamento brasileiro para conter o que chamou de “escalada de ataques” contra a instituição e seus delegados.

 

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/delegados-da-pf-movem-acao-contra-marcos-do-val-e-eduardo-bolsonaro-por-incitacao-ao-crime/ 

 

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