quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Brasil em chamas: fumaça dos incêndios na Amazônia volta a atingir o Sul


Material particulado chegou a São Paulo anteontem depois de viajar até os Andes e voltar ao Brasil pela circulação atmosférica.

Matéria do ClimaInfo, | 4 de setembro de 2024.

Copernicus e ECMWF/VIA MetSul

Como tem sido habitual neste inverno, a fumaça das queimadas sem precedentes que destroem a Amazônia não apenas torna o ar de várias cidades da região quase irrespirável como viaja para outras partes do país e do continente sul-americano. Alimentado também pelos incêndios no Pantanal, no Cerrado e nos vizinhos Bolívia e Paraguai, o “rio de fumaça” viaja milhares de quilômetros e afeta cidades do Sudeste e do Sul, aumentando a poluição do ar e afetando a saúde de seus habitantes. Mais uma prova de que o fogo nas florestas afeta todo mundo, inclusive quem não está perto dele.

Modelos de dispersão de aerossóis utilizados pelo MetSul mostraram que o denso corredor de fumaça ondulava rumo ao sul, alcançando o Rio Grande do Sul na 3ª feira (3/9). O primeiro impacto do fenômeno foi prolongar a neblina e o nevoeiro formados sobre Porto Alegre e região metropolitana durante o amanhecer, relata a GZH. Apesar de não ser possível constatar a presença de vestígios de fumaça na névoa, ela dificulta a dissipação do nevoeiro.

Moradores de todo o estado, mas especialmente da metade norte, puderam observar o céu mais acinzentado ao longo do dia. De lá, a fumaça avança para o Oceano Atlântico e ruma novamente para o norte, levando material particulado para o Sudeste, atingindo o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

Já na 2ª feira (2/6) a cidade de São Paulo foi coberta por um grande volume de fumaça de queimadas na Amazônia, informa O Globo. O material particulado, que se desloca em massas de ar a grandes altitudes, chegou à capital paulista depois de viajar até a encosta dos Andes e voltar ao Brasil por circulação atmosférica que a empurrou de volta, entrando pelo Paraguai.

Segundo o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do INPE, essa grande nuvem de material particulado e monóxido de carbono gerada pelos incêndios na Floresta Amazônica costuma fazer esse trajeto. Para se tornar mais visível em São Paulo, porém, ela depende do tempo aberto e da estiagem na própria cidade, que facilitam sua percepção.

A fumaça das queimadas atingiu Campo Grande no sábado (31/8) e voltou a ser percebida na capital do Mato Grosso do Sul ontem, informa o Campo Grande News. Segundo especialistas, o material particulado que também cobria outras cidades do estado na 3ª feira era reforçado mais pelos incêndios na Amazônia do que pelo fogo que ainda é registrado no Pantanal sul-matogrossense.


SBT News, g1, UOL e CNN também noticiaram o novo “rio de fumaça” da Amazônia.

 

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