domingo, 8 de setembro de 2024

Focos de queimadas já são registrados no Marajó e acendem alerta para o verão amazônico

INCÊNDIOS

Zona rural de Portel, onde são feitas queimadas para limpeza de área antes do plantio, já sofre com a presença de fumaça


Matéria do Noticias Marajó | Publicados 7 de setembro de 2024Por Rainesson Ribeiro 

Foto: Reprodução

  

 As queimadas no município de Portel, na Região de Integração do Marajó, já acendem um alerta na população. Com o verão amazônico intenso e o tempo seco, é necessário cuidado para não repetir os números que colocaram a cidade marajoara na sétima colocação das cidades que mais registraram queimadas no país em 2023.
 

No período de 1 a 6 de setembro de 2024, Portel registrou 37 focos, ocupando, assim, a 14° colocação no ranking dos municípios com mais focos de queimadas no Pará de acordo com dados do programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).  São Feliz do Xingu ocupar a primeira colocação com 1332 fogos, que corresponde a 26,2%.

Historicamente, as queimadas tendem a aumentar durante o verão por um acúmulo de fatores. Além da seca na vegetação e os incêndios acidentais, agricultores utilizam a queimada como técnica para limpeza da área antes do plantio.

No ano passado, o período crítico foi entre outubro e dezembro. O Notícia Marajó apurou que na região do Rio Pacajá, na zona rural de Portel, já é possível observar pontos com fumaça intensa.

Decreto estadual proíbe queimadas

Da mesma forma que o fogo preocupa os moradores, o governo do Pará também demonstrou preocupação e decretou situação de emergência em todo o Estado, proibindo a utilização de fogo, inclusive para limpeza e manejo de áreas.

A medida foi adotada em resposta à escalada de focos de queimadas no território paraense, agravada pela emissão de fumaça, baixo índice de chuvas e deterioração da qualidade do ar, especialmente em municípios sob forte pressão ambiental. Os dados colocavam o Pará como líder de queimadas no Brasil.

A decisão do governador foi fundamentada após emissão de notas técnicas por parte dos órgãos de monitoramento, como o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas). Conforme os órgãos, foram destacados a escassez hídrica e os impactos do fenômeno La Niña em 2024, que têm exacerbado a vulnerabilidade da região a desastres ambientais, incluindo incêndios florestais.

O decreto é parte de um esforço coordenado entre o Governo Federal e os estados da Amazônia Legal para mitigar os efeitos adversos de focos de queimadas na região, objetivando a preservação ambiental e proteção das populações locais.

No ano passado

Em 2023, Portel terminou o ano como a 7ª cidade do Brasil que mais registrou queimadas, segundo os dados dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somando o verão e o inverno amazônico, o município registrou 2.011 focos de incêndio, o que representa 4,5% de todo o Brasil. Os índices colocaram o Marajó, definitivamente, no mapa do fogo.

O resultado de 2023 foi muito maior do que os 1.538 focos registrados em 2022, o que representou 2,6% das queimadas no Brasil e colocou Portel no 15º lugar do ranking. Em 2021, Portel sequer aparecia na lista das 30 cidades com mais queimadas no país.

A discrepância com outras cidades marajoaras é gigante. A segunda cidade que mais queimou na região em 2023 foi Oeiras do Pará, com 395 focos e que, mesmo assim, sofreu bastante com os efeitos das queimadas. Depois vem Chaves com 186 focos.

Problemas de saúde

No último verão, a fumaça, que até então era restrita à zona rural, onde são feitas as queimadas no roçado, chegou à cidade e incomodou bastante os moradores. O sistema de saúde chegou a ser estressado por pessoas que apresentavam problemas respiratórios.

Os números foram registrados mesmo com a inclusão de Portel no Decreto Estadual 2.887/2023, que declara como estado de emergência a situação nos municípios mais afetados por condições climáticas que possam favorecer a propagação de focos de calor e incêndios florestais, que foi prorrogado até março deste ano.

 

 

Origem da Matéria: Focos de queimadas já são registrados no Marajó e acendem alerta para o verão amazônico   

 

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