Na última semana, representante da Starlink enviou documentos para as autoridades brasileiras a fim de conter escalada das críticas à recusa inicial da empresa em bloquear o X
Matéria do Portal Telesitese | Rafael Bucco | 9 de setembro de 2024 | 13:03
A Starlink enviou
cartas duas vezes na última semana às autoridades brasileiras a fim de
jogar panos quentes na animosidade causada por ter se recusado
inicialmente a bloquear o X a seus usuários do País. Primeiro, à Anatel,
depois, ao Ministério das Comunicações, sempre após as manifestações de
seus representantes criticando a postura da companhia. A ordem de bloqueio partiu do STF no dia 30 de agosto, uma sexta-feira. No dia 1º de setembro, a Starlink usou a rede social X para dizer que não atenderia à ordem judicial.
A afirmativa causou reação imediata. O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, concedeu entrevista ao canal Globonews no dia 2 na qual lembrou que a desobediência poderia levar à abertura de um processo com resultado potencial de cassação das licenças para operação no Brasil. A empresa tem aval para operar 4,4 mil satélites de baixa órbita e pleiteia autorização para ativar mais 7,5 mil.
Diante do aviso, no dia 3, a Starlink escreveu ao presidente da Anatel para reiterar seu compromisso de bloquear no Brasil o acesso à plataforma X, e assim o fez. A rede social é controlada por Elon Musk, também dono da empresa de satélites. O representante legal escolhido pela operadora no Brasil enviou a carta antes mesmo de apresentar a procuração que lhe confere o mandato para representar a companhia. Esta possibilidade é aceita pelo estatuto da OAB, embora seja sintomática da urgência instalada.
Ainda assim, a crise não terminou imediatamente. No dia 4, entrevista com o ministro Juscelino Filho foi ao ar pela EBC. E ali, o chefe das Comunicações no governo disse que a recusa da Starlink em bloquear o X após ordem judicial merecia “repulsa”.
Dois dias depois, na última sexta-feira, 6, a empresa escreveu a Juscelino Filho para reafirmar que fez o bloqueio, atendendo à ordem judicial de Moraes, referendada por unanimidade pela 1ª Turma do STF. E no documento, finalizou: “A Starlink reafirma que cumpre com a legislação brasileira”.
Confira aqui a carta enviada a Baigorri pela Starlink, e aqui a carta enviada a Juscelino Filho. Origem da matéria:
Starlink diz a Juscelino Filho que bloqueou o X e segue as leis brasileiras
A afirmativa causou reação imediata. O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, concedeu entrevista ao canal Globonews no dia 2 na qual lembrou que a desobediência poderia levar à abertura de um processo com resultado potencial de cassação das licenças para operação no Brasil. A empresa tem aval para operar 4,4 mil satélites de baixa órbita e pleiteia autorização para ativar mais 7,5 mil.
Diante do aviso, no dia 3, a Starlink escreveu ao presidente da Anatel para reiterar seu compromisso de bloquear no Brasil o acesso à plataforma X, e assim o fez. A rede social é controlada por Elon Musk, também dono da empresa de satélites. O representante legal escolhido pela operadora no Brasil enviou a carta antes mesmo de apresentar a procuração que lhe confere o mandato para representar a companhia. Esta possibilidade é aceita pelo estatuto da OAB, embora seja sintomática da urgência instalada.
Ainda assim, a crise não terminou imediatamente. No dia 4, entrevista com o ministro Juscelino Filho foi ao ar pela EBC. E ali, o chefe das Comunicações no governo disse que a recusa da Starlink em bloquear o X após ordem judicial merecia “repulsa”.
Dois dias depois, na última sexta-feira, 6, a empresa escreveu a Juscelino Filho para reafirmar que fez o bloqueio, atendendo à ordem judicial de Moraes, referendada por unanimidade pela 1ª Turma do STF. E no documento, finalizou: “A Starlink reafirma que cumpre com a legislação brasileira”.
Confira aqui a carta enviada a Baigorri pela Starlink, e aqui a carta enviada a Juscelino Filho.
Starlink diz a Juscelino Filho que bloqueou o X e segue as leis brasileiras
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