É com profundo pesar e indignação que a Amarc Brasil se junta aos familiares, amigas e amigos e organizações democráticas para, em mais um 14 de março, cobrar respostas sobre os covardes assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A pergunta “quem mandou matar Marielle?” segue, infelizmente, sem resposta.
Marielle Franco foi uma mulher, negra, mãe, filha, irmã, esposa e cria da favela da Maré. Socióloga, com mestrado em Administração Pública, foi eleita Vereadora da Câmara do Rio de Janeiro com 46.502 votos. Foi também Presidente da Comissão da Mulher da Câmara.
Militante do movimento LGBTQIA+, notadamente uma combativa ativista dos direitos sociais individuais e coletivos de grupos de pessoas historicamente marginalizados, o assassinato de Marielle Franco não foi apenas o reflexo da violência urbana ou de sua atuação política, mas sim, sobretudo, da violência sistêmica contra mulheres negras.
Em seu caso, nem o cargo legislativo na segunda maior cidade do país foi suficiente para garantir sua integridade física e afastá-la das alarmantes estatísticas.
As lutas de Marielle são lutas de todas, todos e todes da Amarc Brasil e certamente, de suas associadas. Nossa indignação, hoje, se soma a 1.461 dias, na busca de respostas à pergunta que não quer calar: quais interesses moveram os mandantes deste crime político, e quais forças ainda o mantém sem solução e punição?
Seguimos, com a mesma força presente na voz firme e corajosa de Marielle, e com a vontade de continuarmos lutando pelo direito à comunicação, na construção e defesa diária da democracia, e esperançando por um país justo, mais humano, e igualitário.
MARIELLE, PRESENTE! ANDERSON, PRESENTE!
Com informações do Instituto Marielle Franco
Ciranda é roda que fortalece a gente, pois ninguém larga a mão de ninguém.
Ciranda Marielle representa a gente, pois é roda e protesto também!
Marielle Franco é luta! É força que nos mantém! Essa roda vai ser maior! Essa ciranda vai além!
https://amarcbrasil.com/quatro-ano-depois-amarc-brasil-tambem-pergunta-quem-mandou-matar-marielle/
Um comentário:
É tão difícil acreditar que vivemos em um país onde uma mulher negra, preparada, que ascendeu politicamente pelo voto e exercia seu cargo em prol das causas sociais tenha sido executada a queima roupa, dentro do carro oficial, com o motorista, com requintes de crueldade a mando de algum "poderoso", com um suspeito vizinho do excrementissimo + um miliciano que foi assassinado (queima de arquivo?) e até hoje esse crime permanece sem solução nem julgamento... A máfia que me desculpe, mas isso aqui é pior! E a insegurança foi institucionalizada!
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