Depois de vídeo viralizar nas redes, homem se apresentou na
sede da delegacia da Polícia Federal em Caruaru. Suposto rifle usado no
vídeo é, na verdade, espingarda de chumbinho
| Atualizado em 30 de dezembro de 2022, 10:13
(Foto: Reprodução)
247 - O homem que aparece em um vídeo que circulou nas redes
sociais, na quinta-feira (29), com um rifle e ameaçando de morte ao
presidente eleito Lula na cerimônia de posse marcada para o próximo
domingo (1º), em Brasília, decidiu se apresentar na sede da Polícia
Federal (PF) em Caruaru, em Pernambuco.
Diante da repercussão, o homem disse aos policiais que gravou o vídeo
"por brincadeira" e que "não tinha a intenção de publicá-lo".
Disse que "acabou postando de maneira não intencional nos stories do
seu WhatsApp". "Declarou ainda que não teve a intenção de ameaçar o
presidente Lula e que o vídeo foi feito de forma jocosa, não sendo as
ameaças concretas ou verdadeiras", disse a Polícia Federal, em nota.
O vídeo viralizou e a Polícia Federal começou diligências para identificar e localizar o homem que aparece no vídeo.
Ao se apresentar, ele entregou uma pistola de calibre 9mm, que possui na
condição de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Essa
arma, ressalta a PF, é "devidamente registrada junto ao Exército
Brasileiro". No entanto, a suposta arma usada na filmagem foi verificada
e a PF diz que não era um rifle, como dito no vídeo, e sim uma arma de
pressão por ação de ar comprimido, conhecida como uma espingarda de
chumbinho.
As armas foram apreendidas e será instaurado inquérito policial para
apurar os fatos. O autor do vídeo pode responder pelos delitos de ameaça
e incitação ao crime.
"Caráter estratégico da pasta exige que seja mantida com campo progressista", aponta o manifesto
Atualizado em 29 de dezembro de 2022, 05:31
"Caráter estratégico da pasta exige que seja mantida com campo progressista", aponta o manifesto
247 – A decisão do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva
de colocar o Ministério das Comunicações na barganha partidária e
entregá-lo ao União Brasil, partido que abriga quadros de direita e até
de extrema-direita, desagradou profundamente os profissionais e
movimentos pela comunicação democrática no Brasil. Na noite de ontem,
foi divulgado manifesto com duras críticas a essa mudança, que retirou o
deputado Paulo Teixeira (PT-SP) do comando das Comunicações. Leia
abaixo:
MANIFESTO Por um Ministério das Comunicações comprometido com a democracia: não ao União Brasil
Movimentos, entidades e pessoas signatárias desta nota pública
recebemos com temor a notícia de que o Ministério das Comunicações pode
ser entregue ao União Brasil ou a outros partidos de direita. Ainda que a
governabilidade seja uma questão no regime político brasileiro, não é
razoável cogitar que um partido que até ontem esteve com Jair Bolsonaro
controle uma área essencial ao combate à extrema direita.
Saímos de mais uma eleição em que ficou nítida a influência da mídia e
das plataformas digitais no debate público. A partir desses espaços, o
bolsonarismo foi urdido, alcançou a Presidência da República e criou um
sistema político e cultural que, à base de muita desinformação, segue
ameaçando a democracia. Para mudar esse cenário, é preciso encarar as
comunicações como estratégicas, não como moeda de troca política.
O Brasil não pode seguir alheio ao debate mundial sobre o tema, cada
vez mais central na própria geopolítica e no dia a dia da população.
Vivemos uma profunda transformação social estimulada pelas tecnologias
da informação e da comunicação. Educação, saúde, meio ambiente, direitos
humanos, trabalho e tantas outras áreas fundamentais têm sido
impactadas por elas.
Na transição, o Grupo de Trabalho Comunicações analisou esse cenário e
apresentou propostas que direcionam os esforços do Ministério nesse
sentido, a exemplo da criação de uma Secretaria de Serviços e Direitos
Digitais, da proposição de amplo programa de conexão da população e de
medidas para promoção da diversidade e da pluralidade na radiodifusão,
como a valorização dos meios públicos e comunitários. Recebemos, por
isso, com alegria o possível anúncio do deputado Paulo Teixeira (PT)
como ministro das Comunicações, o que esperávamos ser concretizado nesta
semana.
A combinação das propostas com um nome comprometido com esse programa
poderia ajudar o Brasil a enfrentar um legado de omissão nessa área, o
que favoreceu o golpe contra Dilma Rousseff e a ascensão do
bolsonarismo.
Se queremos enfrentar o fascismo, não podemos abrir mão da disputa da
comunicação. E isso significa manter o Ministério das Comunicações no
campo progressista.
Brasil, 29 de dezembro de 2022.
Adesões de organizações, movimentos e associações acadêmicas
Abraço Mato Grosso
Abraço Piauí
Abraço Sisal
ABRAPCORP - Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e
de Relações Públicas
Amarc Brasil - Associação Mundial de Rádios Comunitárias
ACRACOM - Associação Catarinense de Radiodifusão Comunitária
Agência nacional de desenvolvimento e recursos assistenciais do Povo Cigano
ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais
ANDI - Comunicação e Direitos
ARCO RJ - Associação de Radiodifusão Comunitária do Estado do Rio de janeiro
ARTIGO 19 Brasil
Associação Brasileira de Pesquisadores e Comunicadores em Comunicação Popular,
Comunitária e Cidadã (ABPCom)
Associação Brasileira de Rádios Comunitárias - Abraço Brasil
Associação Brasileira dos Professores de Italiano - ABPI
ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e
Intersexos
Associação estadual cultural de direitos e defesa dos povos ciganos
Associação Noroeste de Comunicação e Cultura /Rádio Noroeste- Goiânia-Go
Associação dos Servidores dos Ministérios ASEMPT
Associação Viramundo de Apoio à Saúde Pública, Educação e Direitos Humanos, Rio de
Janeiro
Associação Viramundo
Bem TV - Educação e Comunicação (Associação Experimental de Mídias Comunitárias) -
Niterói /RJ
Centro de Apoio e Solidariedade a Vida - ONG Casvi de Piracicaba
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
Coletivo Digital - São Paulo
Coletivo Pavio Curto de Mídia / RJ
Coletivo Pauta Negra
Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do DF (Cojira-DF)
Comunicativistas - RJ
Conselho Municipal de Políticas para LGBT de Piracicaba
CPCT - Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (ECA/USP)
COMPÓS - Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação
Commbne - Comunicação baseada em inovação, raça e etnia
Criar Brasil- Centro de Imprensa, Assessoria e Rádio
Central Única dos Trabalhadores - CUT
Diracom - Direito à Comunicação e Democracia
EMERGE - Centro de Pesquisas e Produção em Comunicação e Emergência
FaleRio- Frente Ampla pela Liberdade de Expressão- Rio de Janeiro
Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ
Fórum Municipal de Defesa dos Direitos Humanos de Campinas
Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação - FNDC
Fórum Paulista LGBT
Fórum Grita Baixada (RJ)
Fopecom - Fórum Pernambucano de Comunicação
Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública
Grupo de Pesquisa em Pesquisa em Políticas e Economia da Informação e da
Comunicação - PEIC-UFRJ
Grupo de Pesquisa Rádio e mídia sonora da Intercom
Grupo de Pesquisa e Estudos das Poéticas do Cotidiano - Universidade do Estado de Minas
Gerais (EPCO/UEMG)
IDENTIDADE - Grupo de Luta Pela Diversidade Sexual, de Campinas, SP
Instituto Comradio do Brasil/ UBÍQUA
Instituto Nupef
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Disputas e Soberania Informacional
Instituto Telecom
Instituto Sócio Cultural Voz Ativa
INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social
Jornalistas Pretos- Rede de Jornalistas Pela Diversidade na Comunicação
Laboratório DigiLabour
Laboratório de Políticas de Comunicação - Universidade de Brasília (LAPCOM UnB)
Movimento de Mulheres Camponesas - MMC Brasil
Movimento Nacional de Rádios Comunitárias MNRC
Observatório da Ética Jornalística (objETHOS/UFSC)
Observatório da Mídia: direitos humanos, políticas, sistemas e transferência
Observatório de Mídia da UFPE - Gênero, Democracia e Direitos Humanos
Observatório Paraibano de Jornalismo (OPJor)
Portal Favelas
Radialivres - Coletivo de radialistas do Brasil
Rádio Comunitária Noroeste FM Campinas
Rádio Comunitária Valente FM
Rádio Pop Goiaba UFF
Rede Nacional de Combate à Desinformação - RNCD
Rede Nacional de Observatórios de Imprensa - Renoi
Rede de Pesquisa Trabalho e Identidade no Jornalismo - RETIJ/SBPJor
Rede de Rádios Universitárias do Brasil (RUBRA)
Sindicato do Jornalistas Profissionais do Distrito Federal
Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul – SindJoRS
Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União - Seção SP / SIndMPU
SP
SINTECT-MA Sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras em Correios e Telégrafos do
Maranhão
Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia SP
- SINTPq
SOCICOM- Federação Brasileira de Associações Científicas e Acadêmicas de
Comunicação
Sindicato dos Químicos Unificados Regional Campinas e Osasco
Adesões individuais
Adilson Vaz Cabral Filho (professor titular da Universidade Federal Fluminense;
coordenador do EMERGE - Centro de Pesquisas e Produção em Comunicação e
Emergência
Afonso de Albuquerque (professor titular da Universidade Federal Fluminense -
Coordenador do INCT-DSI (Disputas e Soberanias Informacionais)
Alan Gulart Camargo - Diretor da Rádio Ferrabraz FM Comunitária de Sapiranga RS,
Coordenação do MNRC - Movimento Nacional das Rádios Comunitárias
Aline Costa- educadora e membro da Coalizao Negra por Direitos
Aline Romio -funcionária pública, jornalista na UnBTV.
Alvaro Britto - jornalista e professor de Comunicação Social
Álvaro Neiva - jornalista
Amadeu Maya - Jornalista
Amadeu dos Santos - Associação Comunitária de Comunicação e Cultura de Vargem
Grande Paulista SP
Ana d´Angelo - editora do Desinformante
André Pasti, professor da Universidade Federal do ABC e integrante do Intervozes
Ana Regina Barros Rêgo Leal - Coordenadora - Rede Nacional de Combate à
Desinformação; UFPI
Ângela de Alencar Araripe Pinheiro - Professora Associada da UFC; Militante do
Movimento Infância
Angela Marinho- jornalista, diretora do Sindicato dos Jornalistas do Ceará e da Associação
Cearense de Imprensa
Beá Tibiriçá - ativista da inclusão e cultura digital
Bernardo Pereira de Oliveira - dirigente de rádio comunitária
Beth Costa, jornalista, integrante do GT de Comunicações na transição. Coordenadora do
FNDC e membro da Comissão de Ética da FENAJ
Bia Barbosa, jornalista, integrante do GT de Comunicação da equipe de transição e
representante do 3o setor no CGI.br
Bruno Marinoni - jornalista, doutor em sociologia, integrante do Diracom.
Carlos A. Afonso (Nupef, IHoF 2021)
Célio Turino - Historiador e escritor
César Bolaño - Professor titular e coordenador do Observatório de Economia e
Comunicação da UFS
Cinthya Paiva - advogada
Cleber Antonio do Nascimento - Radio ferrabraz
Daniel Nunes das Neves - SindaspiSC
Eliana Albuquerque- jornalista; professora e diretora geral da Rádio da Universidade
Estadual de Santa Cruz (UESC), Bahia.
Elisabete Bullara Ribeiro de Mattos - Jornalista e prof de cinemcinemcinea
Érico Andrei, presidente da Fundação Plone
Geremias dos Santos - Presidente da Abraço Brasil
Helena Martins - coordenadora e relatora do GT Comunicações da transição, professora da
UFC
Iraildon Mota - professor, Jornalista, fundador da ONG Comradio e integrante do Intervorzes
Ismar Capistrano Costa Filho, professor do Curso de Jornalismo da Universidade Federal
do Ceará (UFC) e vice-coordenador do Grupo de Trabalho Comunicación Popular,
alternativa y Ciudadana da Asociación Latinoamericana de Investigadores de Comunicación
(Alaic).
Janine Bargas, jornalista, doutora em comunicação social, professora da Faculdade de
Comunicação e Assessora de Comunicação da Universidade
Jonas Valente - Pesquisador - Oxford Internet Institute - Integrante do Diracom - Direito à
Comunicação e Democracia, do Lapcom-UNB e Telas-U
Joselito Cavalcante da Silva - Diretor da Rádio Jubileu FM de Aracaju/Sergipe
Joyce Cursino - Negritar - Belém do Pará
Juliana Cézar Nunes - jornalista e diretora do SJPDF
Kárita Emanuelle Ribeiro Sena - jornalistadoutora em Comunicação, diretora da ABC
Pública em Mato Grosso do Sul
Kleber Santos, funcionário do Serpro e militante do PT DF
Laura Eliane Lagranha Santos Rocha (jornalista)
LeoNagi Ribeiro Sanches - Radialista e Diretor Sindicato dos Radialistas do Estado do Pará
Leonardo Koury Martins, Coordenador da Comunicação do CRESS-MG
Leonor Costa - Jornalista, mestre e doutoranda em Direitos Humanos na UnB.
Lorena Lucas Regattieri - Senior Fellow Trustworthy AI Mozilla Foundation
Luciana Menezes Carvalho - professora adjunta do Departamento de Ciências da
Comunicação do Campus da Universidade Federal de Santa Maria em Frederico
Westphalen e professora permanente do Programa de Pós Graduação em Comunicação e
Indústria Criativa da Universidade Federal do Pampa.
Mabel Dias - Intervozes e Observatório Paraibano de Jornalismo
Marcos Urupá, jornalista, advogado. Doutor em Comunicação. Integrante do Diracom e do
Laboratório de Políticas de Comunicação (LaPCom) da Universidade de Brasília (UnB).
Marquinho Mota - Defensor dos Direitos humanos
Midiã Noelle, jornalista, mestre em Cultura pela UFBA, fundadora Commbne e integrante do
Coletivo Pauta Negra e da Rede PerifaConnection
Moêma Coelho, jornalista
Nina da Hora, Cientista da Computação, integrante do GT de Comunicação da equipe de
Transição, Pesquisadora Cyberbrics FGV Rio
Oona Castro - jornalista, mestre em comunicação e cultura e diretora de relações
institucionais do Nupef
Paulo Salvador - TVT
Paulo Thadeu Franco das Neves - jornalista
Priscilla Viégas - Terapeuta Ocupacional, Técnica em Enfermagem, com especialização em
Comunicação Politica, mestra em Direitos Humanos, do CEBES Núcleo Recife,
Coordenadora do eixo Educação na Saúde da Associação Rede Unida - Recife-PE.
Rafael Grohmann (professor da Universidade de Toronto, líder do DigiLabor, e diretor
científico da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação -
COMPÓS)
Renan Marques - jornalista, mestre em comunicação, servidor público, Diretor de
Comunicação da Ulepicc-Brasil.
Renata Roncali Maffezoli - jornalista, diretora do Sindicato de Jornalistas do Distrito Federal
Ricardo Campos - ativista
Ricardo Ferreira Freitas - Professor Titular da FCS/UERJ
Rodolfo Lauber de Oliveira - Idealizador do Projeto Collab Design Conhecimento para Todxs.
Rodolfo Vianna - Jornalista
Rosemary Segurado, cientista política, professora do Programa de Pós-graduação em
Ciências Sociais da PUCSP
Sara Alves Feitosa (Universidade Federal do Pampa - Unipampa)
Sérgio Amadeu da Silveira (professor associado da Universidade Federal do ABC / Comitê
Científico da ABCiber - Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura)
Silvana De Andrade Nunes, jornalista, presidente da ANDA
Silvio Aparecido Spinella - Diretor do sintpq.org.br - Engenheiro/Pesquisador em C&T -
CPQD (CPqD Telebrás até 1998]
Tiago Coutinho Parente - jornalista, doutor em memória social, professor do curso de
Jornalismo da UFCA
Venício A de Lima, prof emérito da UnB e membro cassado do Conselho Curador
Juçara Brittes, jornalista, pesquisadora de políticas públicas de comunicação e em Direto à
Comunicação.
Mamede Leão RCA FM rádio Comunitária dos Esportes
Josinaldo Nascimento (Nado Silva)
Salomão de Castro - jornalista, diretor da Associação Cearense de Imprensa (ACI) e
membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa
Bruno C Dias - coordenador de comunicação da Abrasco
Reynaldo Aragon Gonçalves - Jornalista e coordenador da Rede Conecta de Inteligência
Artificial e Educação Científica e Midiática - UFF e membro pesquisador do Instituto
Nacional de Ciência e Tecnologia em Disputas e Soberania Informacional INCT - DSI.
Pedro Paz - jornalista, mestre em jornalismo e doutorando em antropologia na UFPB
Thaiane Oliveira - Professora do programa de pós-graduação em comunicação. Membro do
INCT de Disputas e Soberania Informacional e do INCT de administração de conflitos.
Membro da Academia Brasileira de Ciências.
Paulo Sérgio Farias - Presidente da CTB-RJ
Rose Dayanne Santana Nogueira - Doutoranda em Comunicação (UnB). Integrante da
RIPVG Brasil, Sindjor-TO e LAPCOM UnB
Caroline Rejane Sousa Santos - jornalista, diretora da Central Única dos Trabalhadores em
Sergipe e do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe
Edgard Rebouças - Professor Titular da Universidade Federal do Espírito Santo
Murilo César Ramos- Professor Emérito UnB
Suzy dos Santos, professora da ECO/UFRJ
Hara Flaeschen -jornalista da Abrasco e mestranda no ICICT/Fiocruz
Nelia Del Bianco- professora PPGCOM UnB
Ana Carolina de Melo Souto - mestranda em Comunicação (UnB) e integrante do LAPCOM
UnB
Janaina Visibeli Barros - professora da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)
Gilson Soares Raslan Filho - professor da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)
A Polícia Federal (PF) prendeu no RJ um suspeito de participar dos
atos de vandalismo em Brasília no último dia 12. No episódio, apoiadores
radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir um prédio
da PF e acabaram incendiando carros e ônibus.
De acordo com informações do G1, o suspeito é Atilla Mello, que se apresenta como pastor. Ele foi preso
nesta quarta-feira (28) em São Gonçalo. A reportagem também descobriu
que Atilla estava em Brasília no dia 12.
A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do
Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nesta quinta-feira (29), a PF saiu para cumprir 32 mandados pela
Operação Nero nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins,
Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Um dos
endereços, ligado a Atilla, é em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
A Polícia Federal informa que o presidente Jair Bolsonaro não quis
prestar depoimento sobre a disseminação de informações falsas a respeito
da Covid-19 e concluiu a investigação, reiterando a acusação de que
Bolsonaro cometeu o delito de incitação a crime sanitário por estimular
as pessoas a não usarem máscaras.
O inquérito foi aberto a pedido da CPI da Covid por causa de uma
“live” na qual Bolsonaro fez uma associação falaciosa entre o uso da
vacina contra o coronavírus ao vírus da Aids. O relatório final foi
encaminhado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes.
O caso deve ser enviado para análise da primeira instância da
Justiça, já que Bolsonaro perderá o foro privilegiado a partir da
próxima semana.
Em agosto, a PF pediu autorização a Moraes para indiciar Bolsonaro e
tomar o seu depoimento. Naquela ocasião, o relatório parcial já havia
apontado o delito de incitação ao crime e também uma contravenção penal
por “provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente” no caso
da associação da vacina da Covid com a aids. No relatório final, a PF
cita que não chegou a formalizar o indiciamento porque Moraes não
respondeu sobre o pedido.
Pelo Código Penal, a incitação ao crime é conduta ilegal, com pena prevista de detenção de três a seis meses, ou multa.
Na live, o presidente citou uma informação falsa, de que as vítimas
da gripe espanhola morreram em maior parte por causa do uso de máscaras
do que pela gripe. A PF diz que o fato se enquadra no delito de
“incitação ao crime”, previsto no Código Penal. “Esse ‘encorajamento’ ao
descumprimento de medida sanitária compulsória, encontra-se subsumido à
conduta descrita no art. 286 do Código Penal, o qual descreve o tipo
penal de incitação ao crime”, diz o relatório.