quarta-feira, 31 de agosto de 2022

EMPRESÁRIOS PRÓ-GOLPE TÊM LIGAÇÃO COM DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA E NO SUL DO PAÍS

Grupo Sierra, de André Tissot, comprou madeira de empresas que acumulam mais de R$ 1,5 milhão em multas ambientais; outro alvo de investigação da Polícia Federal, Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, também tem infrações



A Sierra Móveis, empresa cujo proprietário defendeu golpe de Estado em um grupo de WhatsApp, exalta em seu site sua preocupação com o meio ambiente. Na internet, promete produtos com “madeira extraída de forma renovável, a partir de reflorestamento, onde cada árvore é imediatamente substituída”. Fora dela, porém, a fábrica de Luiz André Tissot compra madeira de fornecedores que desmatam ilegalmente a Amazônia, conforme mostra uma investigação exclusiva da Repórter Brasil.

O levantamento revelou ainda infrações ambientais cometidas por outro empresário pró-golpe do grupo, Marco Aurélio Raymundo, o Morongo. Ele e sua empresa Mormaii – loja de artigos esportivos que prega desenvolvimento sustentável e contato com a natureza – foram multados por desmatamento em uma área protegida em Santa Catarina.

No caso da Sierra, ao menos cinco de suas fornecedoras diretas de madeira foram autuadas por desmatamento entre 2019 e 2022, somando mais de R$ 1,5 milhão em multas, segundo dados do Ibama – sendo que 47% das infrações ambientais aconteceram na Amazônia Legal, no estado do Mato Grosso.


Empresas que forneceram madeira ao Grupo Sierra, de André Tissot, acumulam mais de R$ 1,5 milhão em multas ambientais, incluindo desmatamento, fraude no sistema de monitoramento, transporte e armazenamento de madeira fora do permitido (Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil)

O estado é o maior produtor de madeira da região e, em 2020, abrigou metade da exploração madeireira na Amazônia, segundo um mapeamento feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV). O estudo aponta ainda que a área explorada para fins madeireiros no MT foi equivalente à soma do extraído em outros seis estados da Amazônia Legal com esse tipo de atividade: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima.

Todas as madeireiras mato-grossenses ligadas à Sierra Móveis que foram autuadas têm sede em Aripuanã, cidade que ocupa o 1º lugar entre os municípios com mais áreas exploradas legalmente no estado e que está em 4º no ranking do ICV de locais que mais desmataram de forma ilegal. Ao todo, foram 7.115 hectares de madeira extraída ilegalmente em 2020.

“As cidades no topo dos dois rankings [exploração legal e ilegal] coincidem, como o caso de Aripuanã. Isso ocorre porque há gargalos no monitoramento, o que facilita o ‘esquentamento’ da madeira fria, ilegal, já que ela acaba sendo misturada à madeira autorizada”, explica Vinicius Silgueiro, engenheiro florestal e coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV.

“Houve avanços para combater a extração ilegal, mas ainda são muito frágeis as garantias de que a madeira não veio de desmatamento da Amazônia. As empresas sérias e certificadas que, de fato, conseguem garantir que a madeira foi extraída legalmente são a minoria.”
MULTA DE MEIO MILHÃO DE REAIS

A fornecedora da Sierra com a multa mais alta foi a A. Gomes Madeiras: R$ 501 mil. Isso porque, em 2019, a madeireira informou no sistema de monitoramento estadual a venda de mais de 3,2 mil metros cúbicos de madeira e créditos de madeiras, mas uma vistoria in loco concluiu que a empresa não existia fisicamente. Ficou constatado o envolvimento na criação de empresas fictícias para fraudar o sistema e viabilizar o desmatamento ilegal. O grupo Sierra comprou madeira da A. Gomes em 2020.
Luiz André Tissot, fundador do Grupo Sierra, defendeu em um grupo de WhatsApp que “o golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo” (Foto: Divulgação)

Outra empresa autuada foi a Exmad Madeiras, que recebeu uma multa de R$ 96.800 por ter em depósito mais de 320 metros cúbicos de madeiras sem licença ambiental, entre outras irregularidades. Outra companhia foi responsável sozinha por 8 das 15 infrações analisadas pela reportagem: em 2018, a SM Madeiras e Laminados foi multada, no Paraná, em mais de R$ 85 mil por transportar madeira sem documentação válida e por vender madeira de floresta nativa de três espécies sem a devida licença. O Grupo Sierra comprou da SM Madeiras em 2019.

Em resposta aos questionamentos da Repórter Brasil, a Sierra reafirmou seu compromisso ambiental, disse que “somente trabalha com madeiras de reflorestamento e manejo sustentável” e que as empresas citadas não fazem parte da sua lista atual de fornecedores. “Se no passado houve comércio com alguma empresa mencionada, ela estava regular e apta a vender. Se posteriormente foi constatada alguma irregularidade, como regra, ela foi retirada de nossa lista de fornecedores”. Confira a resposta a íntegra.

A reportagem entrou em contato com as outras empresas citadas, mas não obteve retorno.
‘GOLPE NOS PRIMEIROS DIAS’

Tissot, proprietário da Sierra, defendeu no grupo de WhatsApp que uma intervenção deveria ter ocorrido há mais tempo. “O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais”, escreveu.
Sede da Sierra Móveis em Gramado (RS), empresa que foi denunciada por tentativa de coagir seus funcionários a votar em Bolsonaro, nas eleições de 2018 (foto: Divulgação)

Em 2018, a empresa foi denunciada pelo Ministério Público Federal por tentativa de coação eleitoral, por ter enviado uma carta aos funcionários manifestando preocupação com o rumo da eleição e apontando motivos para o voto em Bolsonaro. A Justiça exigiu que o grupo enviasse um novo comunicado informando que os empregados tinham direito de escolher livremente seu candidato. Além disso, deveria comunicar sobre a ilegalidade “de se realizar campanha pró ou contra determinado candidato, coagindo ou influenciando o voto de seus empregados, com abuso de poder diretivo”.

A rede de móveis de André Tissot tem 70 lojas no Brasil, além de filiais em outros países da América Latina. Dentre seus clientes, está a influenciadora e youtuber Virgínia Fonseca, uma das maiores do país. Em um contrato com a marca Sierra, ela decorou a casa com móveis da empresa diante de seus 39 milhões de seguidores no Instagram. Fonseca foi procurada pela reportagem para comentar, mas não retornou.
ÁREA PROTEGIDA

Especializada em artigos esportivos, a empresa Mormaii recebeu multas no valor total de R$ 255 mil, segundo dados do Ibama. Dentre as infrações está o desmatamento, em 2011, de 1.500 metros quadrados de Mata Atlântica em uma área de preservação permanente em Garopaba (SC), município da sede da companhia.
Conhecido como Morongo, o presidente da empresa Mormaii debochou da morte do jornalista Dom Phillips em troca de mensagens com outros empresários que defendem o golpe: “Karma existe” (Foto: Divulgação)

A infração, seguida de embargo, ocorreu na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca – uma região que é protegida para preservar os recursos naturais do litoral, incluindo as águas por onde passam, entre junho e novembro, essa espécie de baleia.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da Mormaii por telefone e e-mail, mas não obteve retorno.

“O desmatamento em áreas protegidas [caso da APA] é gravíssimo, pois são regiões extremamente sensíveis, com uma importância ecológica fundamental, inclusive para mitigar o aquecimento global”, afirma Luis Fernando Guedes Pinto, diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica
.

 Com lemas ligados à sustentabilidade e ao contato com a natureza, a empresa Mormaii foi multada por desmatamento em área de proteção ambiental no litoral de Santa Catarina (Foto: Reprodução)

“Além da destruição causada pelo agronegócio, a Mata Atlântica sofre com a pressão causada pela expansão imobiliária. O que vemos não são grandes pontos de desmatamento, mas uma grande colcha de retalhos de pequenas áreas desmatadas.”

Guedes Pinto lembra que o bioma, além de abrigar 70% da população brasileira, concentra 80% do PIB do país. “A água e a energia elétrica que usamos vêm de rios da Mata Atlântica. E claro que as empresas também dependem desses recursos naturais. Então, elas deveriam ir além da obrigação legal de não desmatar e também restaurar o que já foi destruído.”

A Mormaii atua em mais de 50 países e é constantemente associada a ações de sustentabilidade, patrocinando eventos e lançando produtos que ressaltam essa preocupação com o meio ambiente. De acordo com o site da empresa, seu presidente, Morongo, segue “surfando e praticando vários esportes de ação”.

No grupo de WhatsApp, o empresário debochou da morte do jornalista inglês Dom Philips, que foi assassinado juntamente com o indigenista Bruno Pereira. Após outro empresário dizer [erradamente] que o jornalista não tinha autorização para estar na área indígena e criticar a fundação da qual Philips recebeu uma bolsa de financiamento para sua investigação, Morongo respondeu: “karma existe…” A reportagem do portal Metrópoles revela ainda que o empresário, que é médico de formação, disse para os colegas do WhatsApp que as vacinas eram “venenosas” e que ele tinha orgulho de sua família não ter se imunizado contra a Covid-19.

Por: Hélen Freitas | Fonte: Repórter Brasil

STF declara inconstitucional alíquota defasada de ICMS em cinco estados

JUSTIÇA

Corte confirmou entendimento de que setor deve ser considerado bem essencial. Leis anuladas são anteriores à nova norma que impôs teto a nível nacional.


terça-feira, 30 de agosto de 2022

Ronnie Lessa, acusado pela morte de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, vai mesmo a júri popular, decide STF


Agenda Poder | Gustavo Kaye·| GeralManchete·| 30 de agosto de 2022 - 17:26

Conjur – A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal manteve, por unanimidade, a rejeição do Habeas Corpus com o qual a defesa do policial militar reformado Ronnie Lessa questionou decisão que o submeteu a júri popular pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro.

Em sessão virtual, o colegiado negou provimento a recurso (agravo regimental) contra decisão da ministra Rosa Weber no Habeas Corpus (HC) 216.511. Lessa está preso preventivamente.

Em março de 2020, a sentença de pronúncia — decisão que submete o réu ao Tribunal do Júri — acolheu três qualificadoras previstas no artigo 121 do Código Penal: “motivo torpe”, “outro meio que dificultou a defesa da vítima” e “para assegurar a impunidade de outro crime”.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e o Superior Tribunal de Justiça negaram recursos da defesa e a sentença foi mantida.

Os advogados de Lessa, então, impetraram o HC no Supremo argumentando que a fundamentação da sentença em relação às qualificadoras era inidônea e que não havia nos autos informação de qual teria sido o motivo do crime.

Em junho deste ano, contudo, a ministra Rosa Weber rejeitou o pedido, aplicando, entre outros fundamentos, a jurisprudência do STF sobre a inviabilidade de utilização do Habeas Corpus como substituto recursal.

Jurisprudência

Em seu voto pelo desprovimento do agravo regimental, a ministra reiterou os fundamentos da decisão monocrática. Ela destacou que, de acordo com o entendimento do STF, o Habeas Corpus não é meio cabível para rediscutir decisão do STJ quanto à admissibilidade de recurso especial.

Além disso, é inviável o manejo de Habeas Corpus para afastar qualificadoras de crime, pois o acolhimento do pedido exigiria o revolvimento do conjunto fático-probatório da causa, o que não é possível nessa via processual. 

– Com informações da assessoria de imprensa do STF.

 

https://www.agendadopoder.com.br/manchete/ronnie-lessa-acusado-pela-morte-de-marielle-franco-e-seu-motorista-anderson-gomes-vai-mesmo-a-juri-popular-decide-stf/ 


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Arthur Lira empregou sete parentes de assessor acusado de operar 'rachadinha' em Alagoas

 Reportagem da Agência Pública mostra que um deles seria “funcionário fantasma”

Djair Marcelino da Silva e Arthur Lira (Foto: Reprodução | ABR)

Por Alice Maciel, Agência Pública - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), empregou ao longo de seus três mandatos na Casa, de 2011 a 2021, sete parentes de seu assessor parlamentar e amigo Djair Marcelino da Silva, conforme levantamento da Agência Pública. Djair é apontado como operador de um esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa de Alagoas, que teria sido liderado por Lira quando ele ainda era deputado estadual (2001-2007), de acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF) de 2018, decorrente da Operação Taturana, deflagrada em 2007 pela Polícia Federal (PF). Além de Djair, atualmente apenas seu sobrinho, Luciano José Lessa de Oliveira, está lotado no gabinete do líder do Centrão como secretário parlamentar, mas a reportagem da Pública revela indícios de que ele dá expediente em outro local.

Filho da cunhada de Djair, Lessa é dono de uma gráfica em Maceió (AL), a Sete Comunicação Visual. A reportagem o flagrou cinco vezes no local em horário comercial. No primeiro contato, uma quarta-feira, 16 de fevereiro, às 10h50, o encontramos em sua gráfica pintando uma faixa e atendendo a um cliente. Voltamos no dia 22 de março, terça-feira, às 14 horas. Dessa vez, sem saber que éramos jornalistas, ele fez um orçamento de banner para festa infantil. 

Ainda passamos em frente à sua loja nos três dias seguintes, quarta-feira às 15 horas, quinta-feira às 12 horas, sexta-feira às 13 horas, e a gráfica estava aberta ao público. Nos dias de funcionamento, Lessa coloca na calçada uma placa com seus contatos e a divulgação do seu trabalho: “banners, adesivos, placas e faixas”. O horário de atendimento divulgado nas redes sociais da Sete Comunicação é das 9 horas às 22h30.  

“Eu passo o dia todo fora, de vez em quando eu venho aqui na bodega [na gráfica] porque eu tenho três gatos, aí eu passo para colocar a comida dos gatos, boto a máquina para dar uma esquentada para não perder ela, porque eu não estou utilizando ela”, justificou Lessa, ao ser procurado pela Pública. Segundo vizinhos ouvidos pela reportagem, no entanto, “ele costuma passar o dia na gráfica”.


 

Os fantasmas de Arthur Lira

https://www.brasil247.com/regionais/nordeste/arthur-lira-empregou-sete-parentes-de-assessor-acusado-de-operar-rachadinha-em-alagoas?utm_source=onesignal&utm_medium=notification&utm_campaign=2022-08-30-Arthur-Lira-emp 

 

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Belém confirma transmissão local da varíola dos macacos

Capital registra 8 dos 13 casos confirmados no estado. Três casos de Belém foram contraídos dentro da própria região, diz Sesma.

 

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém confirmou a transmissão local da Monkeypox no município. São três casos contraídos dentro da própria região, de acordo com a secretaria.

Até a manhã desta terça-feira (22), a capital registra 8 dos 13 casos confirmados em todo o estado da doença conhecida como varíola dos macacos. Os pacientes de Belém são dos seguintes bairros:

  • Fátima, Marambaia, Coqueiro, Tenoné e Pedreira.

Belém possui, ainda, 9 casos em investigação e 6 descartados.

A Sesma informa que os pacientes que tiveram transmissão local relatam não terem feito viagens para fora do estado no período considerado para infecção e que também não têm parentesco com casos importados registrados anteriormente em Belém.

“Todos seguem bem, em isolamento domiciliar e com acompanhamento constante das equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), da Sesma”, informa a secretaria.

Monkeypox no Pará

A Secretaria de Saúde (SESPA) informa que há 13 casos confirmados de Monkeypox no Pará, residentes do município de Belém (08), Ananindeua (02) e Santarém (03).

Outros 23 casos foram descartados e 22 casos suspeitos seguem em investigação.

Os casos suspeitos são de Santarém (01), Ananindeua (05), Belém (11), Marituba (04) e Benevides (01).

“O acompanhamento e monitoramento dos pacientes são feitos pelas secretarias de saúde municipais”, informa a Sespa.

Fonte: G1

 

https://www.zedudu.com.br/belem-confirma-transmissao-local-da-variola-dos-macacos/ 


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Abin, o serviço secreto brasileiro, atrapalhou investigação envolvendo Jair Renan para proteger imagem do pai Bolsonaro, diz PF

 Agenda Poder | Gustavo Kaye·| Geral Manchete·| 30 de agosto de 2022 - 12:13

Bolsonaro e o filho Jair Renan

A Polícia Federal afirmou em um relatório que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o serviço secreto brasileiro, atrapalhou o andamento de uma investigação envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho 04 do presidente da República. Um integrante do órgão, flagrado numa operação, admitiu em depoimento que recebeu a missão de levantar informações de um episódio relacionado a Jair Renan, sob apuração de inquérito da PF. Segundo o espião, o objetivo era prevenir “riscos à imagem” do chefe do Poder Executivo.

A informação é do jornal O Globo, que revela que a operação da Abin ocorreu em 16 de março do ano passado, quatro dias após o filho do presidente e o seu preparador físico, Allan Lucena, se tornarem alvos de uma investigação da PF. A dupla é suspeita de abrir as portas do governo para um empresário interessado em receber recursos públicos.

Àquela época, Lucena percebeu que estava sendo seguido por um veículo que entrou na garagem de seu prédio. Incomodado, o personal trainer acionou a Polícia Militar. O suspeito, quando abordado, identificou-se como Luiz Felipe Barros Felix, agente da PF cedido para o órgão de inteligência. O episódio de espionagem foi registrado em um boletim de ocorrência.

Ao ser chamado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos, Felix contou que trabalhava na Abin vinculado diretamente a Alexandre Ramagem, então comandante da agência e homem de confiança do presidente — os dois estiveram juntos durante a campanha presidencial que elegeu o Bolsonaro. O agente confirmou que recebeu a missão de um auxiliar do chefe do órgão de inteligência. O intuito era levantar informações sobre o paradeiro de um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil, que teria sido doado a Jair Renan e ao seu personal trainer por um empresário do Espírito Santo interessado em ter acesso ao governo. “O objetivo era saber quem estava utilizando o veículo”, afirmou Felix, em depoimento. “O objeto de conhecimento era para saber se os informes que pudessem trazer risco à imagem ou à integridade física do presidente eram verdadeiros ou não”, complementou ele, sem dar mais detalhes da operação.

A PF também ouviu Allan Lucena, que teve os seus passos seguidos pelo agente da Abin. Em depoimento, o personal trainer afirmou ter desistido de dar prosseguimento ao boletim de ocorrência, porque teve medo de retaliações e afirmou que “se sentiu ameaçado”. O preparador físico e Jair Renan passaram a ser investigados por intermediar, com a ajuda do Palácio do Planalto, uma reunião entre um empresário do Espírito Santo e o então ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional. A pasta disse, em nota, que o encontro foi solicitado oficialmente pelo gabinete da Presidência, por meio de um assessor especial de Bolsonaro, amigo de Jair Renan.

Após analisar o caso, a PF afirmou em um relatório que a atuação da Abin foi uma “interferência nas investigações” e destacou que, após a operação ser descoberta, Allan decidiu devolver o automóvel elétrico. “A referida diligência, por lógica, atrapalhou as investigações em andamento posto que mudou o estado de ânimo do investigado, bem como estranhamente, após a ampla divulgação na mídia, foi noticiado, também, que o sr. Allan Lucena teria ‘devolvido’ veículo supostamente entregue para o sr. Renan Bolsonaro”, pontua o documento policial enviado à 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal no fim do ano passado, solicitando a prorrogação do inquérito.

Procurada, a Abin afirmou, em nota, que não há documentos oficiais sobre a operação. “Não há registro da referida ação nos sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). O agente de Polícia Federal Luiz Felipe Barros Felix não faz parte dos quadros da ABIN desde 29 de março de 2021”, diz o comunicado. O desligamento de Felix do órgão de inteligência ocorreu 13 dias após ele ter sido flagrado em missão.

Procurado pela reportagem de O Globo, o agente Luiz Felipe Barros Felix não quis comentar. O personal trainer Allan Lucena não retornou os contatos.

O advogado Frederick Wassef, que defende Jair Renan e o presidente, afirmou que a atuação da Abin não teve relação com a Presidência da República nem atrapalhou a investigação e que se trata de um “fato isolado” de um “indivíduo que se encontrava ali por conta própria”. Wassef afirmou ainda que Jair Renan “jamais ganhou um carro de quem quer que seja” e negou que o filho do presidente tenha aberto as portas do governo federal a empresários.

O ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, candidato a deputado federal, foi procurado por meio de seu advogado, mas não respondeu os questionamentos da reportagem.

 

https://www.agendadopoder.com.br/manchete/abin-o-servico-secreto-brasileiro-atrapalhou-investigacao-envolvendo-jair-renan-para-proteger-imagem-do-pai-bolsonaro-diz-pf/

 

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Guindaste que segurava atração em festival despenca e deixa mais de 20 feridos em Manacapuru (AM)


Corpo de Bombeiros, que estava no local, realizou o atendimento inicial às vítimas. Ao menos três pessoas estão em estado grave

Cidades | Do R7* | 29/08/2022 - 13h39 (Atualizado em 29/08/2022 - 14h12) 
 
Equipes do Corpo de Bombeiros que estavam no local realizaram o atendimento inicial

Equipes do Corpo de Bombeiros que estavam no local realizaram o atendimento inicialReprodução/Twitter/Wagner Maciel

 O guindaste que segurava uma alegoria da Ciranda Flor Matizada montada para o 4° Festival das Cirandas de Manacapuru, no Amazonas, despencou e deixou mais de 20 pessoas feridas na noite do domingo (28).

O Corpo de Bombeiros, que estava no evento, realizou o atendimento inicial das vítimas que ficaram feridas. Segundo a corporação, 23 pessoas foram atendidas e, em seguida, encaminhadas para um hospital do município.

Três vítimas em estado grave precisaram ser transferidas para Manaus e receberam o atendimento médico de lá. Até o momento, não há detalhes sobre o estado de saúde das pessoas que ficaram feridas com a queda do equipamento.

Em nota, o governo do estado afirmou que lamenta o acidente e está à disposição das vítimas para prestar todo o apoio médico necessário.

A Ciranda Flor Matizada também se manifestou nas redes sociais e disse estar acompanhando, juntos aos órgãos públicos, a assistência dada aos feridos. "Empenhamos solidariedade às respectivas famílias, rogando a Deus proteção a plena recuperação de todos", escreveu.

*Com a colaboração de Luiz Gubica, da Record TV

    Assustador!!!

   Caiu uma alegoria da Ciranda Flor Matiza, 20 metros de altura em Manacapuru - AM.

    O guindaste trazia 20 Cirandeiros.

    Veja o vídeo das redes sociais



 

https://noticias.r7.com/cidades/guindaste-que-segurava-atracao-em-festival-despenca-e-deixa-mais-de-20-feridos-em-manacapuru-am-29082022?utm_source=R7&utm_campaign=6812425302-EMAIL_CAMPAIGN_2022_08_29_08_01&utm_medium=email&utm_term=0_cb6d9e39db-6812425302-47985150

 

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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Pará tem o maior número de candidatos à Câmara dos Deputados no Norte do país

 São 313 candidatos no Pará contra 138 no Acre, que registra o menor número de concorrentes


Blog do Zé Dudu |
Reportagem: Val-André Mutran | Publicado em 29/08/2022 | às 13:00 às 13:00 

No Pará, a disputa para uma das 17 cadeiras na Câmara dos Deputados está na faixa nacional de 20,47 candidatos por vaga

 

Brasília – Com 28.869 mil registros de candidaturas para as eleições de outubro em todo o Brasil, o Pará lidera na região Norte, o maior número de candidatos que pleiteiam uma das 17 abertas no pleito de 2022 para uma cadeira na Câmara dos Deputados. São 313 candidatos no Pará contra 138 no Acre, que regista o menor número de concorrentes na região. Em termos nacionais, a região Sudeste lidera com o maior número de candidatos totalizando 3.877 candidatos a uma das duas Casas do Legislativo Federal.

Em segundo lugar, aparece o Nordeste, com 2.939, seguido da Região Sul, com 1.478, Norte, com 1.251 e do Centro-Oeste, com 911. Do total, 10.456 disputam uma das 513 vagas de deputado federal.

Outra estatística interessante é a que mede a disputa de vagas por cargo. Veja o quadro (abaixo), onde é possível averiguar que com 25 postulantes por vaga, o cargo de Deputado Distrital é o mais disputado no país, seguido por 20,47 vagas para a disputa por uma vaga para deputado federal; 16 candidatos por vaga para deputado estadual; 12 vagas para uma vaga à Presidência da República; 8,81 candidatos para uma vaga de senador em cada estado; 8,26 candidatos por vaga para governador, cargo menos disputado nessas eleições.

Quadro da disputa de candidatos por vaga e cargo

Segundo dados do TSE atualizados até a última quarta-feira (24), foram recebidos 12 registros de candidaturas à Presidência e 12 a Vice-Presidência; 223 para governador, 236 para senador, 10.456 para deputado federal, 16.507 para deputado estadual e 592 para deputado distrital.

A campanha começou no dia 16 e vai até 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno. Pela legislação eleitoral, os candidatos estão autorizados a fazer caminhadas, carreatas com carro de som e a distribuir material de campanha até as 22h00.

Confira a lista completa dos candidatos a deputados federais:

Norte
No Norte do país, 1.251 pessoas disputam uma vaga de deputado federal. O Pará é o estado com o maior número de candidatos da região: 313, que disputam 17 vagas. Na sequência vem o Amazonas com 166 candidatos disputando 8 vagas. Na sequência, estão Roraima (164 para 8 vagas), Rondônia (163 para 8 vagas), Tocantins (159 para 8 vagas), Amapá (148 para 8 vagas) e Acre (138 para 8 vagas).

Clique em deputado federal para conhecer os candidatos do estado:

Acre

Amazonas

Amapá

Pará

Rondônia

Roraima

Tocantins

Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.

 

https://www.zedudu.com.br/para-tem-o-maior-numero-de-candidatos-a-camara-dos-deputados-no-norte-do-pais/ 

 

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Valdemar Costa Neto, aliado de Bolsonaro, tem madeireira com dívida de R$ 5,4 milhões com a União

Empresa do presidente do PL, sigla do ex-capitão, está registrada no Amazonas e foi considerada inapta pela Receita

Por CartaCapital | 28.08.2022 10h04

Foto: Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Foto: Reprodução

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, a sigla que abriga a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro, tem uma madeireira com dívidas ativas no valor de 5,4 milhões de reais com a União. A maior parte do montante é referente a impostos federais, que precisam ser cobrados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. As informações são do jornal Folha de S. Paulo deste domingo 28.

A empresa que diz atuar com “fabricação de madeira laminada, compensada, prensada e aglomerada” fica localizada no Amazonas e está no nome de Valdemar praticamente desde a sua fundação, em 1983. Antes era comandada pelo pai do político, WaldemarCosta Filho, ex-prefeito de Mogi das Cruzes (SP).

Batizada atualmente de Agropecuária Patauá, já se chamou Agropecuária São Sebastião e, em fevereiro de 2000, foi parcialmente comprada pela Reflorestadora Holanda. Na ocasião, a nova empresa adquiriu 75% da madeireira de Valdemar, que seguiu como dono de 25% do negócio.

Atualmente a Patauá, por não registrar declarações na Receita Federal há pelo menos dois anos, já foi declarada inapta. A empresa está, segundo os registros, abandonada nas últimas décadas. Mas as dívidas seguem em vigor e precisam ser cobradas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional sob o risco de prescrição.

As medidas de cobrança possíveis incluem, entre outros métodos, a penhora de bens. Em caso de não efetividade das medidas, as dívidas da empresa de Valdemar podem acabar sendo arquivadas. Questionada sobre as cobranças, a procuradoria disse ao jornal que “não comenta sobre dívidas específicas de devedores que constam na Dívida Ativa da União”.

Valdemar, por sua vez, não quis se manifestar sobre o caso. Em 2000, no entanto, ao conduzir o negócio com a Reflorestadora Holanda, o político disse à Junta Comercial do Amazonas que os 25% da sua empresa seriam destinados a sua ex-mulher, não nomeada no processo.

Efetivamente, no entanto, nunca ouve manifestação da mulher e esse registro seguiu no nome de Valdemar. O político deixou de registrar a propriedade da madeireira nas suas declarações de bens desde então. Para fins legais, porém, a madeireira segue em seu nome.

Já o comprador da maior parte da Patauá diz que o negócio morreu no nascedouro. Ele alega nunca ter conhecido Valdemar e ter comprado a empresa para um projeto de reflorestamento que deu errado.

Ao jornal, o empresário Francisco Jonivaldo disse que as duas empresas existem apenas ‘no sistema’ e que não funcionaria, pelos seus cálculos, desde 2004. Além da dívida, Jonivaldo também responde a uma ação civil pública do Ministério Público Federal pelo desmatamento de 23,6 hectares de floresta amazônica sem autorização. Ele nega e diz se tratar de ‘um engano’, já que nunca foi dono dessas terras.

A empresa de Jonivaldo também tem débitos com a União no valor de 13 milhões de reais. Assim como na empresa de Valdemar, boa parte são de impostos federais. A Reflorestadora Holanda ainda teve um processo trabalhista que resultou inclusive no bloqueio de bens de Valdemar em 2016. O político, no entanto, recorreu e conseguiu tornar a movimentar suas contas.


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Tags: eleições 2022, Jair Bolsonaro, PL, Valdemar Costa Neto,

 

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Lula: “estou mais limpo do que Bolsonaro e qualquer parente dele. Vou ganhar a eleição e num decreto acabar com seu sigilo de 100 anos”

Agenda Poder | Redação·| Manchete | ·29 de agosto de 2022 - 00:40 | Última atualização:29 de agosto de 2022 - 00:41

 

Resumo das considerações finais dos candidatos

Ciro

A minha luta não é contra nenhum deles aqui, pessoalmente É contra um modelo econômico, que é o mesmo há 25, 30 anos: transferindo dinheiro para o setor financeiro. Peço uma oportunidade para mudar isso, e mudar o modelo de governança do país. É trágico ficar discutindo quem é mais corrupto e quem é menos corrupto. Peço em nome dos pobres e dos trabalhadores, me dê uma oportunidade. Quero mudar o Brasil.

Lula

Me solidarizo com a Simone Tebet e a jornalista que foi agredida pelo presidente. 

Me uni a um companheiro com experiência extraodinária de 16 anos de governo de São Paulo, com experiência para governar este país. Não entro no campo da promessa fácil. Meu amigo Ciro esquece de dizer que baixei o juro de 16% para 10%, que criei 20 milhões empregos. Que elegi uma mulher que botou o desemprego em 4,8%, e só saiu porque sofreu um golpe. Ninguém falou aqui que derrubaram uma mulher por causa de uma pedadala e não derrubam um homem  por uma motociata. Este país ainda vai fazer justiça a Dilma Rousseff. E vou voltar a fazer muito pelo Brasil e pelo povo.

Bolsonaro

Deus, pátria, família e liberdade. A eleição está polarizada. O ex-presidiário apoiou Chaves, apoiou Maduro. O Lula apoiou essa gente. Olha para onde está indo a Argentina. O presidente da Argentina visitou o Lula na cadeia. Lula apoiou o presidente do Chile, que tocava fogo em metrô. Apoiou Petro na Colombia, que liberou drogas. Lula apoiou Ortega, que agora persegue cristão, prende padres e expulsa freiras. E quando questionado ele diz que não devemos nos meter nos países dos outros. O que vai acontecer se este ex-presidiário voltar? A únião de tudo o que não presta nesta país. Nós não mereceos isso.

Direito de resposta de Lula

Vejam a irresponsabilidade de quem exerce a presidência. Me chamou duas vezes de presidiário. Eu fui preso pra ele poder se eleger presidente, porque tinham que me tirar. Estou muito mais limpo do que ele e qualquer parente dele. Fui julgado inocente pela mais alta corte do país e por várias outras. Estou aqui para ganhar as eleições e, fique sabendo, logo que assumir num decreto só vou acabar com todo o seu esquema de sigilo de 100 anos.

Tebet

Lamentável termos dois candidatos falando do passado, alimentando ódio e dividindo o Brasil. O Brasil é muito maior do que Lula e Bolsonaro. Triste país que tem que esolher entre o escândalo do mensalão e o escândalo do orçamento secreto. Eu sou ficha limpa. Proponho comida mais barata, educação, saúde de qualidade. 

Soaraya

Imposto único é uma proposta madura. Desafio qualquer um que debata conosco. Pra tirar nosso país do atoleiro tem que ter um traçado. Chega de briga e confusão. Precisa de alguém que cuide ds pessoas. Saí da fila dos que reclamam e vim pra fila dos que fazem.

Dávila

Precisamos de um projeto de país, gente competente, com caráter, liderança e coragem. Não profissional da política, criando privilégio. Ninguém falou como fazer a economia crescer. Porque só tem um jeito: tirar poder do estado e dar para a iniciativa privada. Não compactuamos com esta governabilidade vergonhosa. Vamos tirar o estado das costas.

 

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