quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Risco de internação por ômicron é até 45% menor, diz estudo.

Cientistas compararam a nova variante com a cepa delta...

 Fernanda Bassi  | 23.dez.2021 (quinta-feira) - 6h30

Paciente com covid sendo colocado em ambulância
Chances de um paciente com ômicron procurar atendimento hospitalar também são menores

Pessoas infectadas com a variante ômicron do coronavírus têm 40% a 45% menos risco de internação hospitalar do que as que pegarem a cepa delta. A informação é resultado de um estudo publicado na 4ª feira (22.dez.2021) pela Imperial College, de Londres. Eis a íntegra em inglês (400 KB).

A pesquisa também mostrou que as chances de o paciente com ômicron procurar o atendimento hospitalar é 15% a 20% menor do que nos casos de delta.

Já a reinfecção pela cepa está associada a uma redução de 50% a 60% no risco de hospitalização em comparação com infecções primárias.

“No geral, encontramos evidências de redução no risco de hospitalização por infecções por ômicron em relação às infecções por delta ao calcular a média de todos os casos”, explicam os pesquisadores.



O estudo inclui todos os casos de covid-19 confirmados na Inglaterra por teste PCR de 1º a 14 de dezembro de 2021. Foram analisadas 56.000 infecções por ômicron e 269 mil por delta. No relatório, atendimento hospitalar foi definido como qualquer registro de ndimento em um hospital dentro de 14 dias da realização do PCR. Internação é quando o paciente passa 1 ou mais dias na unidade de saúde.

Os cientistas alertam que ainda não há dados suficientes para que a gravidade da ômicron seja avaliada em desfechos mais graves, como internação em UTI (unidade de terapia intensiva) ou morte.

Segundo o professor Neil Ferguson, do Imperial College London, ao considerar o maior risco de infecções por ômicron, não é possível afirmar que a nova variante dará um respiro aos hospitais.

“Nossa análise mostra evidências de uma redução moderada no risco de hospitalização associada à variante ômicron em comparação com a variante delta. No entanto, isso parece ser compensado pela eficácia reduzida das vacinas contra a infecção com a variante ômicron. Dada a alta transmissibilidade do vírus ômicron, permanece o potencial para os serviços de saúde enfrentarem a demanda crescente se os casos de ômicron continuarem a crescer na taxa que tem sido observada”, explica Ferguson.

O estudo inglês corrobora outras duas pesquisas divulgadas nesta semana. Uma delas foi feita na África do Sul e a outra na Escócia. Embora ainda preliminares, ambas também sugerem que a variante tenha menor probabilidade de hospitalizações. 

 

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