A ação contou com o apoio Operação Guardiões do Bioma, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Funai, da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e do ICMBio, que deu apoio aéreo, logístico e informacional.
Segundo a PF, os indígenas da Terra Baú, que são contrários às atividades de mineração ilegal, teriam realizado na última quarta-feira (18), a captura de nove garimpeiros na área denominada “Pista Velha”. A decisão de manter garimpeiros reféns, teria incitado os indígenas dissidentes do aldeamento Baú, que junto com os garimpeiros, realizam atividades de mineração ilegal de ouro em outro garimpo, conhecido como “Pista Nova”.
Retirada garimpeiros
Por causa da crise entre os próprios indígenas Kayapós e também contra os garimpeiros, a Polícia Federal elaborou um plano de ação urgente com a previsão de uma ação coordenada para a retirada dos garimpeiros capturados por via aérea. A PF também buscou uma resolução pacífica de conflitos com os indígenas do aldeamento Baú, que estavam prestes a entrar em conflito armado com os indígenas e garimpeiros de “Pista Nova”. A Polícia Federal ainda adotou procedimentos de polícia judiciária cabíveis e adequados ao caso apresentado.
Ao adentrar no garimpo “Pista Velha”, a PF constatou que os garimpeiros haviam sido retirados do local neste último sábado (21). Foram realizadas tratativas com a liderança do aldeamento Baú, juntamente com a Funai, no sentido de que o conflito entre os próprios Kayapós não seria a solução adequada para resolver os problemas locais.
Após longa tentativa de convencimento, a liderança da área Baú se comprometeu a deixar o local nesta segunda-feira (23) e não realizar ações de ataque contra a comunidade indígena dissidente e garimpeira.
A liderança indígena, por sua vez, solicitou ajuda da Polícia Federal e da Funai para a retirada dos garimpeiros da Terra Indígena do Baú, que estão principalmente no garimpo “Pista Nova” e a mudança do local dos indígenas dissidentes. Caso contrário, há risco de que novos conflitos possam ocorrer.
A PF também informou que foram colhidas informações, que já são objeto de investigação para a adoção das medidas de polícia judiciária cabíveis, especialmente a responsabilização criminal de possíveis infratores.
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