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| Facções dominam Altamira e levam o terror à cidade: desta vez, no sábado, 14, oito vítimas, quatro delas mortas |
O oba-oba da segurança pública do Pará, exibindo estatísticas sobre suposta queda da violência no estado, enquanto os crimes brutais crescem de forma a assustar a população – com execuções diárias e até macabras em várias regiões do estado – levou mais uma sacudida de realidade nesta noite de sábado, 14: outra chacina, com 4 mortes, em Altamira, no sudoeste estadual. As vítimas eram clientes de uma distribuidora de bebidas.
Na cidade de Altamira, aliás, 9 pessoas foram assassinadas em menos de uma semana. O clima é de medo e muitos moradores vivem trancados dentro de suas casas, enquanto os assaltos, latrocínios e execuções sumárias apontam para uma cidade insegura e com a polícia às tontas, sem saber o que fazer.
A cena da barbárie que impera no estado é o desenho de como os criminosos, organizados por facções, agem à solta nas grandes e médias cidades paraenses: por volta das 11 da noite de ontem, na rua Magalhães Barata, bairro de São Francisco, clientes de uma distribuidora de bebidas estão se divertindo, tomando cerveja, sentados em mesas nas calçadas, quando de repente aparecem dois homens armados.
Eles chegam dispostos a matar todo mundo que está no local. Atiram em oito pessoas – três morrem na hora, no local, enquanto a outra morre ao ser levada para o Hospital Público da Transamazônica. Os outros feridos são depois levados, em estado grave, para atendimento no mesmo hospital. Os carrascos desaparecem da mesma forma como surgiram, escoltados por bandidos de motocicletas.
Imagens enviadas ao Ver-o-Fato – que não iremos divulgar, por serem muito fortes – apontam os momentos de pânico na calçada da distribuidora, com feridos gritando de dor, enquanto os atingidos por tiros certeiros agonizam até a morte. Tudo ocorre em questão de segundos. Outros frequentadores do local correm desesperadamente, tentando escapar dos tiros. O serviço macabro está feito.
O governador Helder Barbalho, candidatíssimo à reeleição e empenhado 24 horas na tarefa de emplacar mais um mandato, encontrou tempo para cair na realidade da violência que domina o estado. Ele viajou para Altamira na manhã deste domingo (15). Levou com ele, no avião do Estado, a cúpula da segurança pública – secretário, Uálame Machado, e delegado-geral, Walter Rezende, além de diretores da área de inteligência.
A ordem é acalmar a população, além de tomadas de providências e ações policiais para deter – ou pelo menos tentar – inibir novas matanças.
“Neste momento estou me deslocando com a cúpula de segurança pública, o secretário Ualame, o delegado Rezende e o coronel Pedro para acompanhar as ações do sistema de segurança pública em Altamira para que possamos esclarecer e prender aqueles que realizaram este lamentável evento, nesta madrugada de sábado para domingo”, postou Helder no twitter.
Vale lembrar que Altamira traz amargas lembranças ao atual governador: em julho de 2019, seis meses após assumir o governo, ocorreu uma rebelião dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira (nome irônico, esse), entre facções criminosas, que resultou no massacre 57 presos, sendo 16 deles decapitados e o restante asfixiado.
Com o Pará entre os estados mais violentos do país, Helder certamente não vai querer uma reeleição banhada em sangue e com eleitores assustados indo às urnas, ou dispostos a votar em massa contra ele.
Na cidade de Altamira, aliás, 9 pessoas foram assassinadas em menos de uma semana. O clima é de medo e muitos moradores vivem trancados dentro de suas casas, enquanto os assaltos, latrocínios e execuções sumárias apontam para uma cidade insegura e com a polícia às tontas, sem saber o que fazer.
A cena da barbárie que impera no estado é o desenho de como os criminosos, organizados por facções, agem à solta nas grandes e médias cidades paraenses: por volta das 11 da noite de ontem, na rua Magalhães Barata, bairro de São Francisco, clientes de uma distribuidora de bebidas estão se divertindo, tomando cerveja, sentados em mesas nas calçadas, quando de repente aparecem dois homens armados.
Eles chegam dispostos a matar todo mundo que está no local. Atiram em oito pessoas – três morrem na hora, no local, enquanto a outra morre ao ser levada para o Hospital Público da Transamazônica. Os outros feridos são depois levados, em estado grave, para atendimento no mesmo hospital. Os carrascos desaparecem da mesma forma como surgiram, escoltados por bandidos de motocicletas.
Imagens enviadas ao Ver-o-Fato – que não iremos divulgar, por serem muito fortes – apontam os momentos de pânico na calçada da distribuidora, com feridos gritando de dor, enquanto os atingidos por tiros certeiros agonizam até a morte. Tudo ocorre em questão de segundos. Outros frequentadores do local correm desesperadamente, tentando escapar dos tiros. O serviço macabro está feito.
O governador Helder Barbalho, candidatíssimo à reeleição e empenhado 24 horas na tarefa de emplacar mais um mandato, encontrou tempo para cair na realidade da violência que domina o estado. Ele viajou para Altamira na manhã deste domingo (15). Levou com ele, no avião do Estado, a cúpula da segurança pública – secretário, Uálame Machado, e delegado-geral, Walter Rezende, além de diretores da área de inteligência.
A ordem é acalmar a população, além de tomadas de providências e ações policiais para deter – ou pelo menos tentar – inibir novas matanças.
“Neste momento estou me deslocando com a cúpula de segurança pública, o secretário Ualame, o delegado Rezende e o coronel Pedro para acompanhar as ações do sistema de segurança pública em Altamira para que possamos esclarecer e prender aqueles que realizaram este lamentável evento, nesta madrugada de sábado para domingo”, postou Helder no twitter.
Vale lembrar que Altamira traz amargas lembranças ao atual governador: em julho de 2019, seis meses após assumir o governo, ocorreu uma rebelião dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira (nome irônico, esse), entre facções criminosas, que resultou no massacre 57 presos, sendo 16 deles decapitados e o restante asfixiado.
Com o Pará entre os estados mais violentos do país, Helder certamente não vai querer uma reeleição banhada em sangue e com eleitores assustados indo às urnas, ou dispostos a votar em massa contra ele.
https://ver-o-fato.com.br/para-outra-chacina-apavora-altamira-helder-quer-reeleicao-banhada-de-sangue/
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