segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Bolsonaro usa militares e youtubers para inflar o 7 de setembro

 

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 MEIO | 5 de setembro de 2022

As Forças Armadas participarão do ato de campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), programado para ocorrer na próxima quarta-feira, 7 de setembro, na orla do Rio de Janeiro. A Marinha organizará uma parada naval, a Força Aérea exibirá a esquadrilha da fumaça e os canhões do Forte de Copacabana farão uma saudação. Aproveitando-se da confusão com o bicentenário da Independência, o ato eleitoral contará ainda com uma exibição de paraquedistas do Exército e da Aeronáutica, além de bandas militares. Tradicionalmente, os presidentes participam apenas da parada militar em Brasília. Bolsonaro é o primeiro a misturá-lo com uma ação eleitoral. Na última sexta, o Ministério Público Federal enviou pedidos aos comandos Militar do Leste, do Primeiro Distrito Naval e do Terceiro Aéreo Regional para que informem que providências tomarão para impedir que a festa se confunda com ação político-partidária. Ainda não houve resposta. (Estadão)

Pois é... Nos grupos paralelos de WhatsApp e Telegram, os boatos de que há planos de tentativa de assassinato do presidente e de cassação de sua chapa circulam em quantidade. São todas notícias falsas. O objetivo é mobilizar a militância a comparecer para demonstrar força nos atos do Dia da Independência. (UOL)

O movimento se repete entre youtubers bolsonaristas, que disseminam discursos golpistas e, com apoio de lideranças evangélicas e do agronegócio, se articulam para financiar as ações de 7 de setembro. (Globo)

Celso Rocha de Barros: “Ainda não se sabe o quanto o ato de quarta-feira será comício e o quanto será tentativa de golpe: só se sabe que será uma mistura dos dois, e que crimes serão cometidos. Golpe de Estado é proibido, usar as Forças Armadas em comício também. Não é fácil tentar um golpe de Estado e fazer uma campanha eleitoral ao mesmo tempo. Todas as pesquisas mostram que o eleitorado em geral não quer um golpe, quer comida.” (Folha)

Painel: “O TSE não vai adotar o ponto facultativo no 7 de Setembro e dias próximos, ao contrário de Câmara, Senado e STF. A menos de 30 dias das eleições, a Justiça Eleitoral não vai conseguir interromper o expediente e servidores devem trabalhar, inclusive, na quarta-feira do feriado da Independência. Além disso, o tribunal, ao contrário dos outros órgãos, não fica na Esplanada dos Ministérios, portanto, está fora da rota de deslocamento para quem vai para o desfile.” (Folha)

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Meio em vídeo. No quarto programa eleitoral gratuito, Lula e Bolsonaro partiram para cima das mulheres de classe C das periferias urbanas. É o público que não gosta da violência do presidente, está preocupado com economia — mas compartilha de valores conservadores. Lula está ganhando com essas eleitoras, mas Bolsonaro apresenta argumentos para reagir. Pedro Doria comenta no YouTube.

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A Justiça Eleitoral do Paraná promoveu uma ação de busca e apreensão no apartamento do ex-juiz Sérgio Moro, candidato pela União Brasil. De acordo com a juíza Melissa Olivas, o material de publicidade da campanha, tanto o impresso quanto o na internet, mencionava os suplentes de forma demasiadamente discreta. No Brasil, é exigência legal que o eleitor seja informado de em quem está votando caso um suplente precise assumir o cargo e, para isso, os nomes precisam estar no mínimo com 30% do tamanho do candidato principal. Moro acusou o PT — que entrou com a queixa no TRE — de “perseguição abusiva”. (Poder 360)

Elio Gaspari: “Moro diz que deixou o partido Podemos porque pretendia auditar suas contas e a proposta não andou. Vá lá. O partido rebateu mostrando as notas fiscais que ele apresentou, pedindo reembolso de R$ 45 mil. Listava a compra de roupas, inclusive bermudas, além de uma despesa com alfaiate. Se ele tivesse achado notas fiscais desse tipo no sítio de Atibaia, pobre Lula.” (Globo ou Folha)

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E uma pausa... O Hino Nacional cantado em línguas indígenas. (Instagram)

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Os eleitores chilenos rejeitaram a nova proposta de Constituição escrita por uma assembleia considerada demasiadamente à esquerda por 62% contra 32%. As pesquisas já apontavam que o novo texto deveria ser derrotado, mas nenhuma sugeria margem tão ampla. A Carta atual ainda data da ditadura do general Augusto Pinochet e uma nova proposta deve ser apresentada. (g1)

O presidente Gabriel Boric foi à TV para reconhecer a derrota, afirmando que a sociedade não se satisfez com a Constituição. “Esta decisão exige que trabalhemos com mais empenho, com mais respeito, para construir uma proposta capaz de unir o país.” Boric não questionou o voto. “O povo chileno se manifestou de maneira forte e clara.” O processo constituinte deve continuar e Boric planeja uma mudança de ministério para atender à nova composição de forças do país. (El Mercúrio)

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A namorada de Fernando Sabag Montiel, responsável pelo atentado à vice-presidente argentina Cristina Kirchner, foi presa na noite de domingo. María Eugenia Capuchetti havia declarado à polícia que não o via fazia dias, mas vídeos os flagraram juntos no dia do crime. A AFI, agência de inteligência do país, trabalha com a hipótese de tratar-se de um ataque de lobo solitário — não há um grande complô na tentativa de assassinato. (Clarín)

O governo de Alberto Fernández discute propor uma lei que regule “discursos de ódio” que controle veículos jornalísticos e a oposição. Na Casa Rosada e entre parlamentares, cita-se o exemplo da Lei do Ódio outorgada na Venezuela pelo governo Nicolás Maduro — tratada, lá, como lei de censura. (La Nación)

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Enquanto isso, no brejo do Ipiranga

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