Carta Expressa
Ao ‘Estadão’, o empresário paraense Ailson da Trindade afirmou que ministro permitiu que pastores lobistas negociassem 5 milhões para reformas em igrejas
Por CartaCapital | 22.09.2022 17h06.
O então ministro da Educação Milton Ribeiro e o pastor Arilton Moura em 30/11/2021. Foto: Luis Fortes/MEC |
O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro permitiu que pastores negociassem obras em escolas federais. É o que afirmou o empresário do setor da construção civil Ailson Souto da Trindade, candidato a deputado estadual no Pará pelo Progressistas, ao jornal Estadão.
Segundo ele, a propina paga por prefeitos aos religiosos para a facilitação da aprovação das verbas da Pasta deveria ser entregues em dinheiro vivo. O montante viajaria escondido na roda de uma caminhonete de Belém até Goiânia, cidade sede da igreja dos pastores.
A denúncia do empresário traz novos elementos probatórios para o inquérito que apura a suposta interferência de Jair Bolsonaro (PL) nas investigações contra o ex-ministro da Educação. Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura foram presos após o escândalo que revelou que os religiosos cobravam propinas para liberar verbas e acesso ao ministro.
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Trindade, um dos doze delatores do esquema de corrupção no MEC, afirma ter ouvido do ministro que obras públicas estariam garantidas a ele em troca de uma “ajuda” aos pastores. O repasse seria de 5 milhões em dinheiro vivo. A propina seria justificada por um contrato fraudulento firmado entre a igreja de Gilmar e a empresa do empresário.
O documento tratava da contratação da AST Empreendimentos Imobiliários pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério Cristo para Todos, de Goiânia.
Trindade, atual candidato a Assembleia Estadual do Pará, é investigado por crime de estelionato por aplicar golpes que prometiam a liberação de empréstimos para beneficiários do Bolsa Família.
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Corrupção, MEC, Milton Ribeiro, Pastores lobistas, Propina,
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Um comentário:
Muitos destes pastores ladrões e pastoras ladras e assassinas foram escolhidos a dedo para roubar bastante aproveitando o cargo de poder... Este caso é apenas 1 deles. E quando saberemos dos outros? A familícia recebeu propina sobre estes valores em $$$$,? Há muito mais Flor de Liz que não se cheira neste desgoverno bolsonarento!
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