quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Lula e Eduardo Paes acertam ato público em conjunto no dia 25 para ampliar palanque do petista no Rio; evento será na Zona Oeste da capital

AGENDA PODER |  | ManchetePolítica |

Depois de duas conversas reservadas em intervalo de duas semanas, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), acertaram a realização de um ato público em conjunto no dia 25 de setembro, a exatamente uma semana da eleição.

A informação é do jornal Valor, em reportagem de Caio Sartori, publicada nesta quarta-feira (14).

Segundo o repórter, o movimento marca uma ampliação do palanque de Lula no no terceiro maior colégio eleitoral do país, onde o petista está em empate técnico com Jair Bolsonaro (PL) e tem como candidato ao governo Marcelo Freixo (PSB).

A agenda está sendo planejada para a zona oeste da capital fluminense. Espaços amplos e simbólicos para a população dessa região, como a quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel e o estádio de Moça Bonita, do Bangu, são cogitados.

“É fundamental o apoio de Eduardo Paes, uma liderança que sempre teve o nosso respeito. O ato marcará uma virada significativa na campanha de Lula no Rio de Janeiro”, afirma o presidente do PT-RJ, João Maurício de Freitas.

Para governador, o PSD de Paes apoia Rodrigo Neves (PDT), que tem de vice o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Felipe Santa Cruz, do partido do prefeito. O advogado, inclusive, prega voto em Lula desde a pré-campanha, antes mesmo de Paes. Neves está vinculado ao correligionário Ciro Gomes.

Além de Santa Cruz, outros quadros do PSD devem participar do ato, mas não há consenso em torno de Lula entre os aliados de Paes. Cálculos eleitorais podem afastar do palanque uma parte dos candidatos a deputado pelo partido. A leitura é de que, como quase todos são de centro e conseguem se manter alheios à disputa entre Lula e Bolsonaro, subir no palanque do petista pode levar a mais perdas do que ganhos.

O ato, nesse sentido, seria mais do próprio Paes, que cuida pessoalmente da preparação, do que do PSD enquanto partido. Até o momento, pouco foi passado pelo prefeito — que comanda a sigla no Rio — aos companheiros.

“Esse movimento é importantíssimo. Lula foi prejudicado até aqui por ter se isolado apenas com a esquerda [Freixo] no Rio, então é essencial que se aproxime do Eduardo Paes, nossa grande liderança de centro”, afirma Santa Cruz. O ex-presidente da OAB tem martelado a necessidade de união entre os preocupados com a democracia para derrotar Bolsonaro.

A tendência é que o Rio ganhe protagonismo na reta final da campanha de Lula. Dos três Estados mais populosos, o berço político de Bolsonaro é o que apresenta hoje conjuntura mais delicada para o ex-presidente. Em São Paulo e em Minas Gerais, tem desempenho melhor.

Além do ato com Paes, o planejamento prevê comício no centro da cidade às vésperas do primeiro turno, de modo a aproveitar a data do debate da Globo, marcado para o dia 29.

Na última semana, o ex-presidente teve no Rio um perfil de agenda na linha do que aliados locais cobravam há tempos: mais voltada para locais populares. Fez comício em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e um ato com pastores evangélicos em São Gonçalo, também na região metropolitana.

Numa análise socioespacial, Lula cumpriria com o ato ao lado de Paes na zona oeste a meta estabelecida na campanha de passar pelas três regiões em que a população mais pobre está concentrada. A aparição ao lado do prefeito, com quem manteve boa relação no período em que comandaram simultaneamente o país e o município, também atende ao desejo antigo

Em fevereiro deste ano, Paes deu entrevista ao Valor na qual afirmou que Lula não era relevante para ele na eleição do Rio. Com o tempo, no entanto, o prefeito se reaproximou do ex-presidente por meio de conversas reservadas em São Paulo e na própria cidade. A interlocutores, manifestou preocupação ao longo da campanha com oscilações positivas de B

Na saída do hotel carioca em que o presidenciável petista se hospedou na última semana de agosto, o prefeito minimizou eventuais “climões” envolvendo o palanque do presidenciável no Rio — por apoiar Neves em vez de Freixo — e afirmou: “O importante é eleger Lula.”

No âmbito local, Paes também entrou com mais vigor na campanha de Neves. Ontem, apareceu pela primeira vez na propaganda do ex-prefeito de Niterói, que pintou como “o mais preparado” para governar o Rio. Detentor do maior grau de desconhecimento entre os três principais candidatos, o pedetista aparece em terceiro nas pesquisas, atrás do governador

 

Leia a íntegra no Valor no link abaixo:

https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/09/14/lula-vai-ampliar-palanque-no-rio-em-ato-com-prefeito-eduardo-paes.ghtml

 

Obs: Pode ser assinado ou anônimo.

 

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